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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Chicago (idem) - 2002; um musical maduro, sarcástico e divertidíssimo

Chicago (Chicago), lançado em 2002.
Um filme de  Rob Marshall.

Acabei de assistir a esse musical, que eu simplesmente amei, e até agora as canções estão em minha mente.

Passou a ser um dos meus filmes prediletos, dos que vou sempre recomendar a toda a gente. Acredito que mesmo aqueles que não gostem de musicais, ao ver este aqui reconhece sua qualidade. O filme, em 2003, levou o Oscar de melhor filme; um musical não havia conseguido tal proeza desde 1968. Chicago consegui desbancar O Senhor dos Anéis: As duas torres e os dramas O Pianista e As Horas.

Um show de dança, música (jazz da mais alta qualidade) e sensualidade por trás de uma trama irônica e obscura. Uma sátira à cidade de Chicago dos anos 20.
Os atores principais não são ninguém menos que Renée ZellwegerCatherine Zeta-JonesRichard GereQueen Latifah, todos dispensando apresentações, e todos revelando belas vozes. O diretor é o mesmo de Nine e Memórias de uma Gueixa.

Roxie Hart (Zellweger) sempre sonhou ser uma cantora de jazz de cabaré. Ela é casada com Amos, um  marido apaixonado mas muito ingênuo. Ela tem um caso com um vendedor de móveis, que promete apresenta-la ao dono da casa noturna onde Velma Kelly (Zeta-Jones), de quem é fã, se apresenta. Mas o homem a engana apenas por sexo, e Roxie furiosa o mata a tiros. 
O marido tenta encobertá-la, mas ela vai presa. Também vai presa Velma Kelly por matar a irmã e o marido. As duas são enviadas à partição de assassinas, comandada pela corrupta "Mama" (Latifah). Ambas serão auxiliadas pelo caro advogado Billy Flynn (Gere), que nunca perdeu uma causa. Hart torna-se uma celebridade dentro da cadeia, com todos os jornais defendendo sua inocência, mas a fama vem e vai, vem e volta, e ela precisa de outros estratagemas para continuar sendo a queridinha de Chicago. Enquanto isso Velma fica com ciúmes por ter sido esquecida.

Todo o filme é interrompido pelas canções, sempre introduzidas pelo maestro; onde a realidade e uma espécie de imaginação se alternam na tela. As músicas são cantadas e dançadas num palco cheio de luzes e coadjuvantes. As letras são cortantes e venenosas, revelando o lado negro dos personagens. Impressionante como nenhum deles é flor que se cheire mas nenhum pode ser tomado com vilão, são carismáticos. Todas as assassinas não tem arrependimentos dos crimes que cometeram, estão mais interessadas em fama e dinheiro. A própria população de Chicago se mostra viciada em show business: fazem do crime entretenimento e os criminosos as celebridades.

É brilhante! Segundo o AFI é o 12º melhor musical da história do cinema. Já ficou longo o texto e se deixar encho mais de elogios.

#ficaadica



3 comentários:

  1. "It was a murder. But not a crime!"
    Chicago, embora ambientado na década de 20, mostra que em um mundo capitalista, tudo pode ser consumido, e virar um espetáculo... até mesmo um crime.

    As analogias são boas, em especial Razzle Dazzle e, o manipulativo We Both Reached For The Gun. Mas não sou tão unânime. Vejo dificuldades na atuação de Richard Gere, e nunca entendi por que Renée Zellweger concorreu como melhor atriz e Catherine Zeta-Jones somente como atriz coadjuvante...

    Flávio, novamente... PARABÉNS PELO BLOG... muito bom. Críticas muito inteligentes [embora prefiro MOULIN ROUGE, mesmo não tenho jazz...rs]

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    1. Infelizmente até hoje vemos a mídia manipular a opinião pública sobre determinados crimes, e as pseudo-celebridades emergirem.
      Quanto às músicas, achei todas impecáveis, mas sem dúvida We Both Reached For The Gun é uma das melhores, e sozinha ela apresenta uma espécie de síntese de todo o enredo. Já na minha opinião, Richard Gere estava divino, o papel do advogado cheio de ego e sedutor caiu-lhe como uma luva. Quanto à indicação das atrizes, se formos analisar o histórico da premiação, que sempre preferiu a atuação dramática, foi uma surpresa elas serem indicadas, mas não achei injusto, por que ambas encarnam tão bem suas personagens, sensuais, invejosas, sarcásticas e um tanto fúteis, de um modo tão carismático (que é a essencia das personagens) que simplesmente nos deixamos levar por elas. Mas é mesmo um pouco difícil de engolir a notícia de que Zeta-Jones desbancou gente como Meryl Streep ou Kathy Bates. E quanto a Moulin Rouge, infelizmente não consigo gostar daquele musical (só de não ter jazz é grande defeito), acho-o muito meloso e infantilizado, mas é minha opinião.
      Agradeço os elogios e espero que continue acompanhando o blog e comentando mais vezes.

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    2. Imaginava Antonio Banderas no papel do advogado, mas enfim, talvez eu esteja sendo muito clichê...

      Comentarei sempre sim... só não tenho uma vasta bagagem em cinema como você tem. Assisto poucos filmes...

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