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domingo, 14 de outubro de 2012

O Libertino (The Libertine) - 2004; pouca libertinagem e um tanto pretensioso

O Libertino (The Libertine), lançado em 2004.
Um filme de Laurence Dunmore.
Vi este filme duas vezes. Na primeira não me agradou muito. Mas alguma coisa me dizia que era um bom filme, que eu havia deixado passar algo, que eu devia tentar novamente. Foi ontem que eu revi-o, e, infelizmente, não me agradou muito novamente. Jonny Depp até tenta, faz um belo trabalho, mas não consegue elevar o filme.

Estamos na Inglaterra do século XVII, durante o reinado de Carlos II. O conde John Wilmot (Depp) é o poeta da corte. Seus gostos são a bebida, a boêmia, a atividade sexual e seu desdém pelo próprio público. Ele faz parte de uma espécie de gang, uma turma de outros libertinos. Suas obras costumam ridicularizar e satirizar a nobreza, ao mesmo tempo que seus atos promíscuos escandalizam toda a sociedade. Sendo amigo do rei Carlos II, este lhe incube de escrever uma peça de teatro para receber o embaixador francês que estava por vir visitar a Inglaterra e emprestar dinheiro pro país. Wilmot conhece uma prostituta, Elizabeth Barry, por quem se apaixona. Então fica obcecado em torná-la uma grande atriz colocando-a na peça, que é precisamente o sonho dela, tornar-se atriz. Claro que a peça não foi precisamente o que o rei esperava, tanto que este interrompeu a peça ao meio. Wilmot foge para o campo, onde passa a aplicar golpes e definha de sífilis. Sua esposa legítima não esconde que ainda o ama.

O Libertino é um conto de degradação pessoal e uma sátira histórica. O protagonista é um homem que se destrói, e quanto mais faz isso, mais aumenta o desprezo que sente por si próprio e pelos outros. Não há dúvidas de que é um homem odiável, e esta é justamente a melhor parte do filme, um personagem que destrói a própria vida em busca de prazer, coisa que todos fazemos, em menor ou maior grau. É um filme amargo, duro de engolir. Mas é assexuado, a libertinagem é pouca, os atos carnais ficam apenas nos diálogos. É, também, monótono e cansativo, pouco atraente. Alguns outros aspectos do filme soam pretensiosos, como o cenário: uma Londres suja e escurecida, notadamente tentando fazer o enredo ficar ainda mais sombrio.

Cabe a cada um dos expectadores saber se quer ou não assistir.
#ficaadica





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