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sexta-feira, 24 de abril de 2015

O Rei Leão (The Lion King) - 1994; clássico Disney

O Rei Leão (The Lion King), lançado em 1994.
Um filme de Roger Allers e Rob Minkoff.
Um dos mais lucrativos filmes de animação da história da Disney - o que é irônico, já que era um projeto considerado pouco promissor pelo estúdio, O Rei Leão tem encantado públicos de todas as idades durante seus mais de vinte anos de existência. Ambientado nas savanas africanas, esta fábula inspirada em Hamlet, de Shakespeare, trata de disputas pela monarquia, sentimento de culpa e liberdade.


Mufasa é um leão que comanda um vasto território no continente africano, como rei dos animais do lugar. Ele é invejado pelo irmão Scar, que por ser mais novo perdeu a sucessão para o irmão. No entanto esse sentimento de raiva e inveja se agrava com o nascimento do primeiro filho de Mufasa, Simba, que se torna o primeiro da linha de sucessão do trono, lugar antes ocupado por Scar. Ajudado pela hienas, inimigas do reino, Scar planeja matar o irmão e o sobrinho.

Primeiro filme da Disney com roteiro original - outras obras eram adaptações, sobretudo de contos de fadas -, The Lion King é capaz de emocionar também aos adultos. Com algumas cenas que são pura poesia e sempre com muita sensibilidade, o filme aborda temas importantes como paternidade, amadurecimento, morte, remorso e responsabilidade. Entre cenas comoventes, trágicas e cômicas, os personagens são moldados e conquistam o amor ou a antipatia do público. Não podemos deixar de mencionar também que são personagens secundários, Timão e Pumba, os que mais famosos ficaram. Quem nunca assistiu ao filme pode não ter ideia de quem ou o quê é Simba ou Mufasa, mas provavelmente já tiveram algum contato com esta dupla. A dublagem, ao menos a original, é excelente e ótimas canções aparecem, incluindo a deliciosa Can You Feel The Love Tonight? de Elton John, co-compositor da premiada trilha sonora.


Feito à mão, no estilo tradicional, mas com grande e inovador uso de computação gráfica como apoio, O Rei Leão é um deleite para os olhos. Bem desenhado, bem animado e com uma paleta incrível de cores, aqui animais e paisagens ganham vida com grande riqueza de detalhes. Com pouquíssimo antropomorfismo, os personagens tem movimentos, hábitos e aparência bastante realistas. A antológica abertura, onde a câmera passeia por cenários africanos filmando sua fauna, deixa isso bem claro. Quase um documentário da National transformado em animação. Sequência que culmina com uma das mais icônicas cenas da história do cinema de animação, quando o macaco pajé apresenta o Simba recém-nascido aos súditos do reino. A sonoplastia também é avançada. Efeitos sonoros interessantíssimos ajudam a dar vida às paisagens, animais e clima.


Um dos principais representantes da Disney dos anos 90, um período de ouro do estúdio, O Rei Leão é imponente, emocionante e lindo.

domingo, 19 de abril de 2015

Garotos de Programa (My Own Private Idaho) - 1991; vidas ao vento

Garotos de Programa (My Own Private Idaho), lançado em 1991.
Um filme de Gus Van Sant.
Quando Van Sant lançou My Own Private Idaho, terceiro longa de sua carreira, ele já era reconhecido na cena do cinema independente norte-americano e já tinha alguma projeção internacional pelos seus outros dois filmes. Era o que faltava para que aprovassem a produção de My Own Private Idaho, filme de temáticas densas e pouco comerciais, cujo projeto era antigo. Apesar do renome, porém, este filme entrega menos do que se espera dele.


Mike (Piver Phoenix) e Scott (Keanu Reeves) são dois garotos de programa que vivem em Idaho, atendendo clientes de ambos os sexos. Mike sofre de narcolepsia e muitas vezes tem ataques de sono em horas impróprias e de tensão. Já Scott, seu melhor amigo, é o filho rebelde do prefeito da cidade, que pretende deixar a vida de prostituto assim que puder colocar as mãos no dinheiro do pai. Ambos vivem sob a tutela de um ladrão mais velho e mentiroso. Os dois saem em busca da mãe de Mike, que ele não vê a muitos anos, e durante a viagem Mike confessa estar apaixonado por Scott, que supostamente é hétero.


Van Sant fez um filme discreto. Mesmo com a temática corajosa e polêmica, a obra em si mal possui cenas homoeróticas, violentas ou inquietantes. Nesse ponto até Elefante choca muito mais. Mas o cineasta se aproveita da liberdade que o cinema independente oferece na hora de moldar o estilo visual e narrativo que usa aqui. Capas de filmes pornô conversam entre si, o tempo vai e volta, o sexo é estilizado, orgasmo é um galpão se espatifando no chão, um amigo segurando o outro que está desmaiado parece a Virgem Maria com o filho morto no colo, poesia sai da boca de mendigos, personagens contando histórias que parecem mais entrevista para um documentário. O maior mérito é a atuação de River Phoenix (irmão do Joaquin), que teve um boom em sua carreira devido ao filme e ganhou até o prêmio de atuação do Festival de Veneza - mas o ator morreu em 1993. Reeves também aparece muito bem. Apesar disso o filme carece de uma trama sólida e mais interessante. Há um certo vazio de sentido em torno de tudo aquilo. A trama lenta e desinteressante faz os noventa minutos parecerem mais.


Vagamente baseado numa peça de Shakespeare, Henrique IV, o filme às vezes adquire um tom teatral e bem-humorado que não combina com o restante da trama, que é de pura melancolia e desilusão. Van Sant filma personagens marginalizados da sociedade. Alguns que pararam ali devido às reviravoltas da vida, outros como Scott que escolheram aquele caminho para afrontar a família. Ali se mistura solidão, sofrimento, culpa, rebeldia, hedonismo. Um atrativo para quem gosta da "sujeira humana" suburbana no cinema.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

À Procura do Amor (Enough Said) - 2013; romance de meia-idade

À Procura do Amor (Enough Said), lançado em 2013.
Um filme de Nicole Holofcener.
Duvido imensamente que este seja o primeiro filme assim, mas ao menos para mim foi um tanto inesperada uma comédia romântica - um gênero sempre dominado pelos casaizinhos jovens de gente bonita, magra e imatura - com personagens de meia-idade "feiinhos". Aqui as pessoas têm filhos criados, divórcios no currículo e gordura abdominal.

Eva é uma massagista divorciada que se prepara para mandar a filha para fazer faculdade fora. Um dia ela acompanha um casal de amigos a uma festa e lá conhece Albert - também divorciado e prestes a se despedir da filha que também vai estudar fora - e Marianne, poeta e terceira divorciada da trama. A princípio Eva não se atrai por Albert, mas aceita um convite para sair e após conhecê-lo melhor começam a namorar. Marianne, por sua vez, se torna sua cliente e amiga, a quem vive desabafando sobre os defeitos do ex-marido. Não tarda para Eva descobrir que os dois foram casados, mas mantém o segredo e sonda a amiga para descobrir os defeitos do namorado.

Apesar de isso de deixar outras pessoas envenenarem as relações amorosas ser um lugar-comum, mais coisa de filme adolescente que sobre gente bem-vivida, e do péssimo título brasileiro, Enough Said acerta em sua honestidade e na química entre seus atores protagonistas.
Com suas idades entre quarenta e tantos e cinquenta e poucos anos, nossos dois personagens, ambos com suas desilusões passadas e casamentos fracassados, se envolvem enquanto num estado de auto-preservação. Com medo de novas experiências ruins ao se entregarem, eles constroem o afeto aos poucos, de modo sereno, em vez das paixões repentinas e ardentes de outros romances. Também o humor aqui é sereno, misturado ao drama. Mas este medo de se arriscar, de deixar-se vulnerável emocionalmente, também leva a erros que serão cometidos por Eva, cuja perigosa curiosidade e insegurança a faz questionar a amiga sobre manias e defeitos de Albert. Some isso ao casal amigo meio disfuncional, onde frustração sexual dá lugar a mudanças na disposição de móveis, e é possível prever os problemas.

James Gandolfini e Julia Louis-Dreyfus, reconhecidos muito mais por participarem de séries televisivas, são convincentes e naturais em seus papeis. São a alma do filme, que não tem grande roteiro nem direção. A "moral da história", a que não se deve julgar as pessoas com base no que terceiros pensam sobre ela, é bem óbvia. Mas a doçura dessa dupla, melancólica pela iminência do inevitável afastamento da prole, faz do filme agradável.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Bye Bye Brasil - 1980; modernização brasileira

Bye Bye Brasil (Bye Bye Brasil), lançado em 1980.
Um filme de Carlos Diegues.
Não escondo que o quê me levou a assistir este filme foi a canção-tema homônima do Chico Buarque, que considero uma das mais geniais da carreira deste homem. E ela aparece aqui sob diversos arranjos - todos diferentes da que aparece no disco Vida - boa parte instrumental, a voz de Chico entoa só durante os créditos iniciais (numa inesperada falta de ordem) e finais, também em versões distintas. A parte boa é que é um grande filme independente da trilha sonora. 


Estamos num vilarejo nordestino onde uma caravana de artistas, a Caravana Rollidai, realiza uma apresentação. Os artistas que a compõe são o mágico e proprietário Lorde Cigano (José Wilker), a dançarina, prostituta e amante dele, Salomé (Betty Faria), e o fortão mudo Andorinha. A eles se junta Ciço (Fábio Júnior), um sanfoneiro sonhador que se apaixona por Salomé, e sua esposa Dasdô, em avançada gravidez. Juntos eles percorrem o nordeste o norte do país em plena transformação econômica, social e cultural, na forma de um quadrado amoroso.

Bye Bye Brasil é um retrato do sertão nordestino do final dos anos 70 e da popularização massiva da televisão no país. Numa cena icônica um punhado de pessoas pobres assiste a uma telenovela numa televisão pública, todos vidrados. Há ali uma ruptura dos métodos tradicionais de cultura e entretenimento, que dão lugar à televisão. Pessoas que antes se divertiam com bailes, repentes e apresentações teatrais, passam a consumir o produto televisivo. A cultura regional e certas tradições dão lugar à imagem de moldes americanos e estilo de vida carioca. Até o cinema, que naquela região tardou a chegar e era novo para aquela gente, foi logo esquecido com a chegada da televisão. Era a chegada da modernidade, do capitalismo moderno. O título remete a essa mudança, um adeus ao país rural e arcaico.

A sobrevivência da Rollidai depende da ausência da televisão, quanto mais isolado um vilarejo, sem sinal de antenas de TV, maiores as chances de conseguir algum dinheiro. Por isso fogem para cada vez mais para o interior, chegando enfim em Altamira, que para eles é uma espécie de terra prometida. No caminho os efeitos, positivos e negativos, da implantação da Transamazônica. A ocupação da região amazônica era amplamente incentivada pelo governo militar da época. E a mineração atraía milhares de nordestinos para o Pará, assim como de todo o sertão emigravam famílias para o sudeste e centro-oeste.
A terra prometida, porém, também já está mudada. Não só já há televisão como problemas de urbanização desenfreada e desigualdade afligem a população. A floresta dá lugar a grandes pastos, indígenas são expulsos e vivem à custa de mendicância ou semi-escravidão.

Esse Brasil feio, pobre, castigado pela seca ou pelo capitalismo desenfreado, é lar de um punhado de pessoas desenganadas, mas que se agarram à esperança de um futuro melhor. Tempos que eram de esperança também para a população urbana, incluindo o cineasta: era o início da reabertura política, a recém implantada lei da anistia permitia que exilados voltassem e a censura diminuía. Diegues celebra com a nudez de suas atrizes, a nudez que é dos maiores símbolos de liberdade existentes.

Fábio Júnior que é um péssimo cantor consegue ser ainda pior como ator, inexpressivo, com cara de mosca morta. Sua presença no elenco protagonista é o maior defeito da obra. Felizmente isso é balanceado com o brilho de José Wilker, talvez o maior papel de sua carreira, e de Betty Faria, que também brilha no papel de uma mulher amargurada, desiludida e forte.

domingo, 5 de abril de 2015

A Parte dos Anjos (The Angels' Share) - 2012; reparar erros e beber uísque

A Parte dos Anjos (The Angels' Share), lançado em 2012.
Um filme de Ken Loach.
Loach é conhecido pelo seu estilo realista de filmar histórias densas. Em The Angels' Share, porém, esse realismo é usado para narrar uma trama bem mais leve, tragicômica, de quatro jovens a cometer um roubo discreto. Assim como Sideways é uma comédia dramática onde uma bebida alcoólica é um personagem à parte homenageado (no caso, vinho). Aqui se bebe e romantiza o uísque.


Três rapazes e uma moça são condenados a prestarem serviços comunitários devido a pequenos crimes que cometeram. Um deles é Robbie, salvo de ir para a prisão devido à compaixão do juiz que lhe deu uma última chance de mudança, já que sua namorada está prestes à dar a luz a um filho seu. O rapaz deve andar na linha, mas é perseguido e agredido pela família da namorada. Nessa vida errante e sem saída seu melhor amigo é Harry, orientador do serviço comunitário, que acredita na recuperação de Robbie e lhe apresenta ao mundo do uísque. Eventualmente surge, então, a possibilidade de os quatro roubarem um barril de uísque caríssimo, e para isso viajam.


The Angels' Share trata de um grupo de pessoas colocadas à margem da sociedade tentando se reerguer. Claro que em tempos de crise econômica isso fica ainda mais difícil, mas mesmo na prosperidade ex-condenados enfrentam estigmas. Ainda que haja um genuíno desejo e esforço de recuperação, muitas vezes fatores externos atrapalham.


"Estou com medo que não me deixem entrar. É só baterem o olho na minha cicatriz."

"—Porque você não me dá uma chance? Apenas uma chance, Matt, isso é tudo que eu estou pedindo. Eu vou cuidar de Leonie. Eu vou ser um bom pai.
—Você não entende, não é? É tarde demais para você. Mesmo se quiser mudar, eles não vão deixar."

Loach com uma fotografia clara lança um olhar sobre a humanidade dessas pessoas, pequenos criminosos, e faz isso oscilando entre o drama leve e um certo humor negro. E ao mesmo tempo explora suas ambiguidades. Gente que buscando uma segunda chance acabam por cometer mais crimes. Neste ponto o roteiro é preocupante, pois nestes tempos e lugares onde há um sentimento coletivo de impunidade, as penas alternativas à prisão podem, por causa de filmes assim, acabar sendo vistas como algo ruim, que deixa criminosos soltos para continuarem a cometer infrações, quando na verdade são a melhor solução em muitos casos e tem índices de reincidência bem menores que a detenção. 

A salvação de Robbie é o uísque - o rapaz mostra ter um olfato muito bom para identificar a bebida. Isso que lhe garante finalmente um emprego legal depois de seu bem-sucedido furto que o permite recomeçar a vida longe de todas as pessoas que querem o destruir.
A parte dos Anjos - título que remete à perda por evaporação ocorrida durante o processo de envelhecimento da bebida - pode ser meio previsível, mas é feliz em contar como as pessoas merecem uma segunda chance.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Toy Story - Um mundo de aventuras (Toy Story) - 1995; o primogênito da Pixar

Toy Story - Um mundo de aventuras (Toy Story), lançado em 1995.
Um filme de John Lasseter.
Primeiro longa da Pixar e supostamente o primeiro longa de animação completamente realizado em computador, Toy Story marcou toda uma geração com seus brinquedos vivos. Até hoje Buzz Lightyear é, talvez, o mesmo que o Mickey é para a Disney: um personagem-símbolo da empresa. Apesar de discordar que seja o melhor filme da produtora e principalmente que seja a melhor animação do mundo - títulos que várias pessoas atribuem a ele -, Toy Story é divertidíssimo e mostrou desde já o poder, a criatividade e o sucesso que a Pixar consolidaria desde então.

Andy, um garotinho agitado, tem um quarto cheio de brinquedos. Quando não há nenhum humano por perto, esses brinquedos agem com vida, capazes de se moverem, pensarem, falarem, sentirem e agirem. O aniversário de Andy se aproxima e os brinquedos entram em estado de terror, temendo serem substituídos por novos brinquedos, sobretudo o vaidoso cowboy Woody, favorito do garoto. E de fato chega um novo brinquedo que se torna o favorito de Andy: Buzz Lightyear, que pensa que é mesmo um herói, em vez de um brinquedo. Eventualmente Woody e Buzz se perdem de Andy e precisam arrumar meios de voltarem para casa.

Toy Story foi um marco no cinema. Foi a transição da animação tradicional para a computação gráfica, que hoje, ao menos em relação a bilheteria, é a principal tecnologia. Além disso inaugurou o estilo Pixar de criar animação, que tem sido imitado em maior ou menor grau pelos outros grandes estúdios: histórias originais que agradam também aos adultos devido a ótimas piadas e temáticas universais, atemporais e profundas (em Procurando Nemo, paternidade, em Ratatouille perseguição de sonhos e superação de preconceitos, em Up modernidade, envelhecimento e amizade entre diferentes faixas etárias, em WALL·E destruição ambiental, sedentarismo e consumismo). Em Toy Story temos um conto de amizade e amadurecimento. E há toda uma aura nostálgica em relação à infância que ajuda a captar a atenção e o afeto também do público adulto. Piadas boas, personagens cativantes (mesmo os cheios de ambiguidade que nem Woody) ou necessariamente odiados (como o vilão Sid) e cheios de vida - é sempre incrível ver a realidade das expressões faciais dos brinquedos. O ritmo rápido e cheio de ação ajudam na fluidez da trama e em prender a atenção do público.


O trabalho visual também é lindo. Apesar de ser o precursor da computação gráfica, os seres e cenários já eram muito bem feitos. Apesar de não tão realista como hoje, onde a renderização chegou a um nível que até pêlos de animais são recriados de forma detalhada, já éramos capazes, 20 anos atrás, de ver a textura das coisas. Objetos de tecido têm suas tramas reproduzidas de forma bem feita em Toy Story. Sem falar na explosão de cores, jogos de iluminação (dia e noite, cores de luzes, como tons amarelados ao pôr do sol), de sombras e movimentos de câmera diversos tais como os usados no cinema de carne e osso.

Falando em câmera tudo é visto do ponto de vista dos brinquedos. A "câmera" é colocada na altura dos olhos dos brinquedos e assim fica a maior parte do tempo, mesmo quando há seres humanos em cena, que acabam tendo apenas os joelhos mostrados na maioria das vezes. Nesse mundo diminuto tudo adquire proporções gigantescas.
Seja como for, Toy Story merece ser visto.