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quarta-feira, 1 de abril de 2015

Toy Story - Um mundo de aventuras (Toy Story) - 1995; o primogênito da Pixar

Toy Story - Um mundo de aventuras (Toy Story), lançado em 1995.
Um filme de John Lasseter.
Primeiro longa da Pixar e supostamente o primeiro longa de animação completamente realizado em computador, Toy Story marcou toda uma geração com seus brinquedos vivos. Até hoje Buzz Lightyear é, talvez, o mesmo que o Mickey é para a Disney: um personagem-símbolo da empresa. Apesar de discordar que seja o melhor filme da produtora e principalmente que seja a melhor animação do mundo - títulos que várias pessoas atribuem a ele -, Toy Story é divertidíssimo e mostrou desde já o poder, a criatividade e o sucesso que a Pixar consolidaria desde então.

Andy, um garotinho agitado, tem um quarto cheio de brinquedos. Quando não há nenhum humano por perto, esses brinquedos agem com vida, capazes de se moverem, pensarem, falarem, sentirem e agirem. O aniversário de Andy se aproxima e os brinquedos entram em estado de terror, temendo serem substituídos por novos brinquedos, sobretudo o vaidoso cowboy Woody, favorito do garoto. E de fato chega um novo brinquedo que se torna o favorito de Andy: Buzz Lightyear, que pensa que é mesmo um herói, em vez de um brinquedo. Eventualmente Woody e Buzz se perdem de Andy e precisam arrumar meios de voltarem para casa.

Toy Story foi um marco no cinema. Foi a transição da animação tradicional para a computação gráfica, que hoje, ao menos em relação a bilheteria, é a principal tecnologia. Além disso inaugurou o estilo Pixar de criar animação, que tem sido imitado em maior ou menor grau pelos outros grandes estúdios: histórias originais que agradam também aos adultos devido a ótimas piadas e temáticas universais, atemporais e profundas (em Procurando Nemo, paternidade, em Ratatouille perseguição de sonhos e superação de preconceitos, em Up modernidade, envelhecimento e amizade entre diferentes faixas etárias, em WALL·E destruição ambiental, sedentarismo e consumismo). Em Toy Story temos um conto de amizade e amadurecimento. E há toda uma aura nostálgica em relação à infância que ajuda a captar a atenção e o afeto também do público adulto. Piadas boas, personagens cativantes (mesmo os cheios de ambiguidade que nem Woody) ou necessariamente odiados (como o vilão Sid) e cheios de vida - é sempre incrível ver a realidade das expressões faciais dos brinquedos. O ritmo rápido e cheio de ação ajudam na fluidez da trama e em prender a atenção do público.


O trabalho visual também é lindo. Apesar de ser o precursor da computação gráfica, os seres e cenários já eram muito bem feitos. Apesar de não tão realista como hoje, onde a renderização chegou a um nível que até pêlos de animais são recriados de forma detalhada, já éramos capazes, 20 anos atrás, de ver a textura das coisas. Objetos de tecido têm suas tramas reproduzidas de forma bem feita em Toy Story. Sem falar na explosão de cores, jogos de iluminação (dia e noite, cores de luzes, como tons amarelados ao pôr do sol), de sombras e movimentos de câmera diversos tais como os usados no cinema de carne e osso.

Falando em câmera tudo é visto do ponto de vista dos brinquedos. A "câmera" é colocada na altura dos olhos dos brinquedos e assim fica a maior parte do tempo, mesmo quando há seres humanos em cena, que acabam tendo apenas os joelhos mostrados na maioria das vezes. Nesse mundo diminuto tudo adquire proporções gigantescas.
Seja como for, Toy Story merece ser visto.

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