Drama Comédia Animação Suspense Romance Curta-metragem Faroeste Fantasia Ação Aventura Musical Ficção Guerra Épico Crime Terror

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

A Noviça Rebelde (The Sound of Music) - 1965; há quase 50 anos o clássico emociona

A Noviça Rebelde (The Sound of Music), lançado em 1965.
Um filme de Robert Wise.
Quatro anos após lançar seu excelente Amor, sublime amor - e ganhar o Oscar - Robert Wise entregou este outro musical, que também conquistou a estatueta. O sucesso foi grande e logo o filme se tornou um clássico do cinema, principalmente no gênero de musicais. Mesmo quase a completar 50 anos, ele ainda se mantém atual, emocionando pela sua história real ocorrida às vésperas da II Guerra.

O filme é baseado na história real da família austríaca Von Trapp. Maria (Julie Andrews), que se prepara para se tornar uma freira, é enviada como governanta à casa dos Von Trapp, onde Georg  (Christopher Plummer), um militar viúvo ;e abastado, cuida de seus sete filhos com muita autoridade. Apesar das crianças serem umas pestes, ela acaba as conquistando através de brincadeiras e música. Também se apaixona pelo patrão. Enquanto isso, o partido nazista unifica a Áustria e começa com suas medidas duras de propaganda ideológica e repreensão.

Sou só eu ou alguém mais se lembra de Velázquez ao ver essa imagem?Produzido ainda no auge dos musicais - gênero que logo sucumbiu - A noviça rebelde esbanja leveza. O tempo era de inocência e tramas fáceis, (o cinema mais autoral e vanguardista engatinhava, eclodiria só alguns anos mais tarde, sobretudo na década de 70). O gênero musical se tornaria um pouco mais ousado só com produções como os Cabaret e All That Jazz de Bob Fosse. Mesmo nas cenas mais tensas (e há uma sequência de tirar o fôlego) onde são explorados assuntos tristes como o nazismo, se conserva um típico ar de doçura e ingenuidade. Isso, aliado a uma trama que gira em torno de uma família unida, torna o filme um dos mais "familiares" que se pode encontrar. Fica a sugestão para o dia dos pais próximo.

Alegre e vibrante, ele conta com um ótima trilha sonora, assinada por Richard Rodgers e Oscar Hammerstein II. Canções meigas e muito bem executadas e cantadas que embalam e ajudam a construir o enredo de The sound of music. A fotografia também tem papel fundamental nisso. Clara e colorida ela acrescenta mais desse ar de pureza e alegria que permeia a obra. Além de belíssimos planos externos, com direito a panorâmicas, a grandiosidade se revela também nas cenas internas aos cenários detalhados. A amplidão de salões é muitas das vezes destacada pelo distanciamento da câmera, que observa de longe os minúsculos atores no meio desses enormes espaços internos.
 
Julie Andrews protagonizara um ano antes Mary Poppins (post em breve), musical onde também fica responsável por crianças e que lhe rendeu uma estatueta da Academia. Seu carisma em The sound of music é fantástico, na pele de uma noviça em processo de amadurecimento. Também seu talento para o canto é apreciável. Plummer, por outro lado, não canta de verdade. A bela voz que se ouve é dublada. Ele representa um militar autoritário com os filhos e amargurado pela viuvez que descobre novas alegrias após a chegada de Maria. Os novos bons tempos da família contrastam com a desgraça nazista na qual se afunda a Áustria. Há ainda a belíssima Eleanor Parker como a antagonista a quem não convém que Maria e Georg, seu noivo, se apaixonem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário