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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O Poderoso Chefão: Parte II (The Godfather: Part II) - 1974; o poder nas mãos do filho

O Poderoso Chefão: Parte II (The Godfather: Part II), lançado em 1974.
Um filme de Francis Ford Coppola.
Esta é a sequência de O Poderoso Chefão, também de Coppola. E o diretor foi tão feliz, que ao invés de termos uma sequência ruim, como é o mais natural em caso de séries, ele nos oferece um filme à altura do primeiro, quase tão bom quanto aquele (para alguns ele chega a superar o original). Desta vez temos duas narrativas paralelas, detalhe que deu certo mas comprometeu um pouco o filme, que é a continuação do primeiro filme, acompanhando os feitos de Michael Corleone; e flash-backs retratando a infância e juventude de Vito Corleone recém chegado à América.

Vito é um pirralho ainda e tem a mãe, o pai e o irmão mortos por um chefe da máfia local na Sicília. Para fugir da morte ele emigra para os Estados Unidos. Já adulto (Robert De Niro) ele luta para defender a família, até que começa a se envolver em crimes e subir na vida, vindo a formar a poderosa família mafiosa Corleone que conhecemos na primeira fita.
Já Michael (Al Pacino), sete anos após a morte do pai, continua a expandir os negócios, principalmente na área do jogo, não só para outras áreas do país como também para o exterior, mais precisamente Cuba, às vésperas da revolução que instaurou o socialismo na ilha. Recusando-se a se envolver em algumas atividades de outras organizações criminosas ele sofre um atentado na própria casa, saindo sem ferimentos. A partir disso ele entrega provisoriamente o seu poder de Don para Tom Hagen (Robert Duvall) e sai a tentar resolver sua situação e descobrir e destruir o mandante de sua morte. Nisso ele se envolve numa rede de verdades e mentiras, intrigas, chantagens e testes de confiança. Além disso também enfrenta problemas com a justiça e vai a julgamento.

Se no primeiro filme simpatizamos com Vito Corleone (Marlon Brando), mesmo sabendo que é um criminoso assassino, e não conseguimos deixar de sentir certo pesar pela sua morte, homem gentil e preocupado com a família que era; na segunda parte passamos a detestar o novo Don, Michael filho de Vito, que embora tenha sido um universitário e herói de guerra que se recusava a entrar nos negócios do pai, assume o seu lugar e fica cada vez mais ambicioso. Michael desenvolve uma paranóia de estarem todos contra ele e seu poder, tendo atitudes cada vez mais reprováveis e distantes dos objetivos do pai (família acima de tudo), que a cada minuto de filme simpatizamos ainda menos com ele.

Pacino e De Niro estão impecáveis em seus papéis, sobretudo este último que conseguiu imitar a voz rouca e o tom sarcástico de Brando. Mas o elenco como um todo estava ótimo, destaque para Diane Keaton e para Duvall. A trilha sonora melancólica e nostálgica combina com a trama obscura e recheada de passado, agindo em conjunto com a fotografia, que além de sombria em cenas internas, tem um tom amarelado nas cenas externas e incrivelmente triste nas cenas na paisagem semi-árida da Sicília. O único deslize foi na montagem, que fragmentou as histórias narradas em paralelo, deixando o filme um pouco confuso e exigindo ainda mais atenção para acompanhar.
Assim como o primeiro, é um filme que todo amante do cinema deveria apreciar. Há ainda uma terceira parte, também de Coppola: O Poderoso Chefão: Parte III.
#ficaadica

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