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sábado, 23 de fevereiro de 2013

O Poderoso Chefão: Parte III (The Godfather: Part III) - 1990; a expiação de Michael Corleone

O Poderoso Chefão: Parte III (The Godfather: Part III), lançado em 1990.
Um filme de Francis Ford Coppola.
Finalmente a saga dos Corleone acaba, este é o útimo da série O Poderoso Chefão. Da trilogia é este o mais fraco, mas ainda sim é um filme gratificante, que agora narra acontecimentos do fim da vida de Michael e mistura fatos reais com ficção.

No fim da década de 70 e início da de 80 Michael Corleone já sente o peso da idade e sempre se recorda de seus erros com grande remorso. Seu advogado e irmão adotivo Tom Hagen morreu e agora o filho é que se tornou o advogado da família. Já a 20 anos divorciado de Kay, ele agora enfrenta problemas com o filho, que além de saber que o tio foi assassinado a mando do pai ainda quer desistir da faculdade e tornar-se cantor lírico. Já a filha, que administra uma fundação de caridade fundada por Michael tem uma relação mais carinhosa e amena com o pai.
Pelas ações da instituição, Michael recebe honras do Vaticano, e nas solenidades é que aparece Vincent, filho bastardo de Sonny Corleone, que quer se aliar a Michael contra Joey Zasa, um parceiro da família que administra negócios em Nova York, mas Michael se recusa a fazer qualquer coisa contra Zasa. Naquela noite Vincent é atacado em sua casa, mas consegue evitar que seja morto e consegue descobrir que o mandante foi Zasa. 
Enquanto isso Don Michael faz um grande negócio com o Banco do Vaticano, para comprar ações de uma imobiliária bilionária, e assim "legalizar" seus negócios, tanto que ele reúne a Máfia e rompe com ela. Mas com isso ele descobre novos inimigos e se vê como vítima de uma tentativa de golpe e de problemas de saúde.

O enredo do filme traz a família Corleone nos círculos internos de corrupção no Vaticano. Acontecimentos reais como a morte prematura de João Paulo I, os escândalos do Banco do Vaticano e o corpo de um banqueiro do Vaticano encontrado pendurado em uma ponte de Londres estão entrelaçados com a história ficcional. E toda a trama acaba levando-nos à idéia de que Michael, acima de tudo, procura por expiação. Ele está carregado de culpa, sobretudo pelas mãos sujas com o sangue de Fredo.
Sua saúde já não é a mesma e agora ele reconhece seu amor por Kay e os erros que impediram que continuassem juntos. E algumas das melhores cenas são exatamente as de Al Pacino e Diane Keaton.
Agora também vemos Michael tentar se aproximar dos filhos, além de eventualmente aceitar a escolha profissional de Anthony, ele deixa a filha bem perto de si, mas não a envolve em crimes, mas não aceita que a filha, calma e ingênua, se arrisque numa relação com Vincent, o sobrinho de confiança porém de personalidade forte (como o pai), que tem tudo para continuar os negócios da família (o que por si só já é arriscado).

A narrativa pode parecer confusa, e exige atenção para ser acompanhada, mas garante a diversão de um legítimo Godfather, ainda que não tão bom quanto os primeiros, e ainda que não consigamos sofrer com a morte de Michael como quando sofremos com a de Vito, provando que os pecados não podem ser lavados nem o perdão comprado.
Este é a sequência de O Poderoso Chefão: Parte II.
#ficaadica

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