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sábado, 29 de março de 2014

A vida dos outros (Das Leben der Anderen) - 2006; vida contralada

A vida dos outros (Das Leben der Anderen), lançado em 2006.
Um filme de Florian Henckel von Donnersmarck.
Filme alemão vencedor do Oscar, A vida dos outros retrata a ditadura comunista na Alemanha Oriental e seus métodos de repreensão e censura. 

Um escritor da Alemanha Oriental, antes de confiança, passa a ser suspeito do governo na década de 80. Com isso ele tem a casa e o telefone grampeados e fica sob constante vigília. Ele namora uma atriz de teatro que também tem um caso com um ministro, que em troca dos favores sexuais permite que ela siga sua carreira. Mas as coisas começam a ficarem feias quando o escritor se une a amigos para escreverem textos criticando a vida no país. Então entra o oficial responsável por monitorar as escutas, que começa a se envolver com o caso.

A início o filme já lembra de A conversação de Coppola. Além de ambos envolveram grampos, espionagem e dilemas aos quais os espiões precisam optar, o clima de thriller e estilo de filmagens são parecidos dos dois casos.
Mas se o de Coppola se concentra mais no desenvolvimento de seu protagonista e seus serviços privados, Donnersmarck amplia o tema mostrando a espionagem oficial praticada por um governo ditador. O preço que ele paga é abandonar seu protagonista para desenvolver o drama da vida dos outros. Começamos por acompanhar de perto sua vida visivelmente triste e vazia (a cena da prostituta denuncia isso com clareza) e assim como ele passamos a espiar o escritor, mas depois Donnersmarck abandona um pouco nesse caminho. Só que isso também tem algo de positivo: a namorada, mais humanamente ambígua que o escritor, fica mais visível na trama. Mas nada tão bacana como o trabalho de Ulrich Mühe e seu personagem ainda mais ambíguo.

A trilha sonora é sempre presente, melodramática, o que desagrada. Apesar desses pequenos deslizes, o resultado final da obra ainda é bastante positivo. É notável a sequência de cortes, um trabalho de montagem excepcional. Sem muito falatório o elenco com muita competência vai revelando seus sentimentos e deixando claro o que pensam ou o que sabem. O clima de incerteza também é mantido. Pouco mais de duas horas de filme passam voando. Ele também parece ser bem verossímil no que diz respeito às ações praticadas pela polícia e pela ditadura.
A vida dos outros merece que você o espie.

#ficaadica

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