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sábado, 18 de janeiro de 2014

Silkwood - O retrato de uma coragem (Silkwood) - 1983; luta sindical

Silkwood - O retrato de uma coragem (Silkwood), lançado em 1983.
Um filme de Mike Nichols.
Entre os mais conhecidos trabalhos de Nichols, que assina filmes como Quem tem medo de Virgínia Woolf? e A primeira noite de um homem, está Silkwood, a cinebiografia de Karen Silkwood, uma técnica em um laboratório de enriquecimento de plutônio que se tornou uma ativista que lutava pela segurança nesses ambientes e que morreu por causas suspeitas. Embora não tão intenso e como Virginia nem tão simpático e descontraído como The Graduate, o filme dá certo pela icônica atuação de Meryl Streep (sua personagem acabou virando uma das grandes heroínas do cinema) e pelo belo suporte de Cher e Kurt Russell.

Karen Silkwood trabalha numa empresa que produz combustível nuclear. As duas pessoas que moram com ela, o namorado Drew Stephens e a amiga Dolly Pellike, também trabalham na empresa. Ela tem problemas com o ex-marido e sente dificuldades em poder ver os três filhos que tiveram. Preocupada com sua segurança de seus colegas, já que a empresa burlava algumas diretivas de segurança, ela se torna uma ativista sindical e procura provas para incriminar a empresa. Enquanto isso sua relação com o namorado e a amiga - que é lésbica e levou uma companheira para viver com ela - vai se desgastando.

Karen é popular no trabalho, a início é apoiada pelos colegas na sua luta sindical (sua maior motivação veio depois de ela e uma amiga sua foram contaminadas com material radioativo), mas depois passa a ser vista com repulsa, pois suas ações podem fechar a fábrica e deixar a todos desempregados. O tempo que ela gasta em reuniões e viagens com o sindicato acaba afastando ela do namorado e a levando a outros problemas pessoais. Só que o próprio sindicato não se preocupa muito com sua a e nem sequer realiza a fiscalização das fábricas, claramente estando mais interessados na publicidade que o escândalo geraria. Streep consegue encarnar Karen muito bem e consegue a admiração do público. Seu magnetismo sustenta o filme. Cher também nos dá uma agradável surpresa, num trabalho sincero e humano.

O problema é que Nichols e a montagem não conseguem levar muito bem a trama. O filme é longo, muitas vezes monótono (você se distrai facilmente) e muito imparcial - o posicionamento político dele é pouco definido e algumas questões, como a morte de Karen, devem ser decididas pelo público. Por outro lado o diretor acerta por contar não um caso cheio de suspense e sensacionalismos, mas sim a história de uma vida humana.

#ficaadica
P.S.: Não posso deixar de deixar registrado por escrito que "O retrato de uma coragem" é um dos piores títulos brasileiros que já inventaram.

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