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terça-feira, 18 de junho de 2013

A primeira noite de um homem (The Graduate) - 1967; divertido e cativante

A primeira noite de um homem (The Graduate), lançado em 1967.
Um filme de Mike Nichols.
Um ano depois de dirigir o inesquecível Quem tem medo de Virgínia Woolf?, Mike Nichols nos entrega The Graduate, um filme provavelmente também inesquecível, que comanda com estilo e bom gosto. É uma divertida comédia romântica que envolve Dustin Hoffman na pele de um jovem educado, virgem e meio tímido que acaba de sair da faculdade, vivendo a transição da juventude para a vida adulta; Anne Bancroft na pele de uma alcoólatra misteriosa e profundamente sedutora; e Katharine Ross como uma amável estudante.

Benjamin (Hoffman) acaba de se graduar, mas não sabe o que vai ser feito de sua vida dali adiante. Ele recebe uma festa de formatura, onde timidamente evita os convidados. A esposa do sócio de seu pai pede para que ele faça a gentileza de a levar para casa. Ele faz isso e relutante aceita o convite para entrar. Acontece que a Sr. Robinson (Brancoft) estava o tempo todo tentando seduzí-lo. É uma mulher mais velha que ele, mas seu olhar misterioso e suas falas minimalistas são profundamente sedutoras. Ele, preocupado com as consequências de ir para a cama com a esposa do sócio do pai, foge, mas dias depois ele telefona para ela dizendo que quer sair com ela. Eles se tornam amantes, até que Elaine (Ross), filha dos Robinson, aparece na trama e abala o relacionamento dos dois.

Grande parte das chamadas comédias românticas, sobretudo as que se produzem hoje em dia, não costumam valer muito a pena, já que na maioria das vezes temos histórias banais que só interessam a adolescentes - se bem que sou um adolescente; meio diferente da maioria, é certo, mas ainda um jovem de 17 anos e alguns meses. Porém The Graduate realmente é um bom material, cheio de acertos, com um enredo inteligente, boa trilha sonora e legítima linguagem de cinema, com ângulos ousados de câmera, jogos de focagem da lente e uma iluminação funcional, que inclusive trabalha para envelhecer Anne Brancoft. Além de uma montagem com sequências e cortes muito interessantes.

Dustin Hoffman estreou no cinema com este filme, e seu trabalho é notável. Ele consegue dar todo um carisma ao personagem, mesmo ele sendo um ser egoísta e burro. Benjamin é egocêntrico e perde oportunidades importantes na vida, mas sua ingenuidade é tão cativante que ele se torna um ser carismático cujos defeitos acabamos por ignorar. Anne Bancroft vive, talvez, a personagem mais sensual do cinema da década de 60. É inacreditável o que ela faz. E a doce Elaine ganha vida com Katherine Ross, em seu segundo papel no cinema.

Algumas falhas também existem. A relação entre Elaine e Ben não é muito bem desenvolvida no roteiro, e várias cenas envolvendo os dois acabam tendo pouco sentido, já que as tropeços a história avança sem eles terem uma conversa significativa que possa justificar a reconciliação. Mas nada que ofusque o brilho deste clássico.
#ficaadica

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