Um filme de Mick Jackson.
Foi depois de falar em trilhas sonoras que acabei percebendo que eu ainda não havia escrito sobre um filme que eu vera a algum tempo: o filme cuja trilha sonora é a mais vendida da história.
Como o título do post já menciona, O Guarda-Costas não é exatamente um dos melhores filmes que eu conheço, mas também não é dos piores. O elenco que primeiramente traz Whitney Houston e depois Kevin Costner, um mais famoso que o outro, também não fez lá esse trabalho, embora até tenham alguma química; mas é uma história relativamente cativante que se sustenta principalmente pela trilha sonora, que é quase toda de músicas da Whitney, que se não foi grande atriz, foi uma das melhores cantoras da história da música.
Rachel Marron é uma cantora e atriz tão famosa quanto a própria Houston que a interpreta. Ela sofre alguma perseguição e foi ameaçada de morte. Para protegê-la é contratado, a preço alto, o guarda-costas Frank Farmer (Costner), um ex-agente do serviço secreto. Inicialmente distantes e com antipatia em relação ao outro, eles começam a se apaixonar. Mas a proximidade de Rachel e Frank, que é um excelente profissional, e por isso reconhece isto, deixa a cantora mais vulnerável a ataques, que não tardam em começar a acontecer e levar o filme por caminhos de thriller.
Os dois protagonistas, não é difícil entender, nutrem um amor que suas prioridades profissionais torna-o incapaz de ser levado adiante. Ela é uma celebridade egoísta e mimada (e nesse ponto Whitney fez um bom trabalho), ele um profissional carrancudo e traumatizado com falhas passadas que sabe que a cliente é mimada e mais frágil do que quer parecer que seja. Ele sabe que está se envolvendo, mas isso é coisa que o profissional que é não pode permitir que aconteça. Isso gera, eventualmente, um conflito, que em horas mais propícias, depois que a cantora reconhece que precisa da proteção de Frank (a capa revela esse lado), vai ser esquecido. Mas não a tempo de evitar uma tragédia e momentos de tensão.
Se Whitney não nos deu a melhor das atuações, é inegável que foi fotografada como ninguém, sempre deslumbrante na tela, e simpaticamente antipática e orgulhosa. Uma cena especifíca revela a boa interação que ela teve com seu colega, uma cena muito peculiar de um espada e um lenço que todos deverão se recordar. Muito libidinosa, mas de um modo elegante e sutil.
E a voz que empresta à sua personagem, que em alguns momentos canta na película, rendeu um disco inesquecível, onde regrava dois sucessos da música country e soul e grava outras inéditas. Quem não conhece I Wiil Always Love You, música não-inédita que foi imortalizada na voz da cantora durante esse filme que muito fez por sua carreira de sucessos e dramas trágicos?
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