Um documentário de Jorge Furtado.
Ás vezes rimos de coisas que na verdade eram para chorar. E este brilhante documentário brasileiro é um desses casos que parecem de rir e afinal não o são. Não estou acusando o diretor de insensibilidade, muito pelo contrário.
O filme mostra uma dura realidade, bem visceral, mas de modo irônico, crítico; nunca debochado. São aquelas verdades que nos são jogadas na cara e então rimos de nossa própria ignorância e desumana insensibilidade, não a do diretor e roteirista, que repito, fez um trabalho maravilhoso.
O curta, basicamente, acompanha a trajetória de um tomate, desde a sua produção até o consumo e o descarte. E faz isso de uma forma não linear e didática, como que dizendo que tudo o que estamos vendo são coisas que nós, apesar de julgarmos o contrário, ainda não aprendemos de verdade. O maior exemplo disso é sempre repetir que alguém ou um grupo de pessoas são seres humanos, antes de qualquer outra coisa.
Mais que qualquer coisa uma sátira inteligente, divertida - apesar de ser para chorar determinadas cenas -, e ácida ao modelo capitalista da sociedade em que vivemos, a gritante desigualdade entre as pessoas, e o nosso individualismo (ou seria egoísmo), que não nos permite ver além de nosso nariz, ver o sofrimento de outros seres humanos.
Recomendo muito que você tire menos de 15 min para assistir a essa película.
Por favor, qualquer problema no vídeo (fora do "ar"; deletado), avise-nos nos comentários.
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