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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Especial: Trilha Sonora de "Titanic"

Ontem fiz um post com uma lista dos 30 melhores filmes dos 200 já abordados no blog, e nisso estive a pensar na trilha sonora de alguns deles. E por mais clichê que isso possa soar, cheguei à conclusão de o que possui a melhor trilha sonora é o Titanic de James Cameron.

Não cheguei a esta conclusão levianamente, baseado no sucesso isolado de "My Heart Will Go On", pelo contrário, acredito que as outras músicas do disco, todas instrumentais, é que fazem do trabalho de James Horner (o músico responsável por toda a soundtrack) tão único e bem feito. A trilha é a segunda mais vendida da história, levou o Oscar e ainda ganhou Grammys (se bem que este último prêmio não é lá essas coisas).

Não sou crítico musical (nem de cinema me considero um, apenas um cinéfilo que gosta de escrever), e logo minha opinião abaixo pode ser falha, mas é sincera.

Abrindo o disco temos a canção Never an absolution, que inicia com uma gaita de fole (instrumento tipicamente britânico, como o navio) bem melancólica, com uma espécie de variação de My Heart Will Go On. A música é como um pedido de expiação que jamais virá, como o próprio título sugere.

Em seguida temos Distant Memories. Recheada de cordas e backvoice, a música é de uma alegria triste, como se premeditasse uma tragédia prestes a ocorrer.

A terceira faixa, uma das melhores, é Southampton. Uma melodia alegre e um pouco rápida que parece elogiar a imponência do navio no porto e mostrar toda a alegria das pessoas que embarcam e que se despedem da embarcação. Leaving port é uma variação suave e ornamentada com um órgão desta música.

Outra das melhores é Rose, basicamente uma variação instrumental de My Heart Will Go On, ainda mais triste; cantada em choro ela representa a tristeza no interior da protagonista, até que em meio à música parece haver uma alegria, uma libertação (o amor que a descobriu) a ser comemorada. Mas a alegria durará pouco.

Take Her To Sea, Mr. Murdoch, revela uma ansiedade em partir e conhecer, explorar, o oceano.

A sétima faixa, na minha opinião, é a melhor de todo o disco. Hard to starboard é como um samba-enredo, ela parece narrar a história do filme: começa como uma memória distante e esquecida (os restos do navio) que se desenvolve para uma feliz história de amor, até que começam a soar cordas que dão um ar de suspense que se desenvolve para uma melodia rápida, trágica e épica. Então parece que ouvimos a dor da tragédia e da morte, que então começa a esmaecer, nos dizendo que finalmente a morte silenciosa e fria chegou.

Unable To Stay, Unwilling To Leave é outra variação instrumental da canção de Celine Dion, porém bem mais amarga. Há nela uma percursão em segundo plano que parece um eco de um passado distante, antes de por fim a música se tornar trágica e dramática e por fim tensa.

The Sinking é rápida e premonitiva, em determinado momento parece o som de almas subindo aos céus, acima de todo o horror da tragédia.

Dead of Titanic, como o título já sugere, é imponente porém fúnebre (o navio naufragou mas ainda existe bem conservado no fundo do oceano e encanta e causa admiração numa multidão). Em determinado momento, porém, ela se torna enigmática e triste, como se o navio aguardasse uma ressurreição.

A Promise Kept é suave e arrastada, quase um silêncio escuro a guardar os corpos sob a água, que parecem crêr numa promessa de nova vida.

A life so changed parece lamentar as vidas que se foram; e An Ocean of Memories é bastante enigmática, e realmente remete a lembranças quase esquecidas, pequenas alegrias e dramas guardadas apenas na mente. Bastante nostálgica.

My Heart will go on toda a gente já conhece, imortalizada na voz da canadense Celine Dion, ela tem um arranjo mais pop, com trechos deliciosos de sons de madeiras. A voz emotiva e meio sussurrada, contida, vai se revelando a medida que a música evolui e se torna mais rápida, o que combina com a letra que é uma declaração de amor que parece estar sendo revelada pela primeira vez.

E fechando este belíssimo disco Hymn To the Sea, uma música melancólica (que volta a ter gaita de fole), realmente um hino, evoca emoções alegres e tristes, nostálgicas e também apreensivas como um medo do futuro.

Espero que tenham gostado desta minha análise sobre este disco. Você pode ouví-lo gratuitamente (e legalmente) neste link. Depois que o site abrir basta clicar em "tocar todas".

#ficaadica

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