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domingo, 18 de janeiro de 2015

Razões para a guerra (Why we fight) - 2005; a política belicista americana

Razões para a guerra (Why we fight), lançado em 2005.
Um filme de Eugene Jarecki.
Vencedor do prêmio do júri em Sundance, este documentário denuncia a política belicista norte-americana, que existe por motivos bem menos nobres do que a mídia e o governo tentam fazer parecer.  Em especial aborda os motivos que levaram os EUA em guerra contra o Iraque, muito a ver com petróleo, nada a ver com o 11 de setembro como se fez pensar.

O filme confirma o que os livros de história nos tem ensinado: nos últimos 70 anos, não houve um conflito, um golpe de estado, uma decisão importante envolvendo acordo de paz ou declaração de guerra, que não tenha tido participação direta ou indireta dos Estados Unidos. Inclusive no Brasil, onde o maior exemplo foi a ajuda ianque para colocar os militares no poder durante os anos 60.

O imperialismo econômico adotado pelo país desde o final da II Guerra tem derrubado ou levado ao poder vários governantes ao redor do mundo. E para isso há maciço uso de força militar, sob a alegação de estar o país a lutar pela liberdade. Abobrinha que vem sendo repetida como se fosse verdade em tantas décadas.

Mas a culpa mesmo não é da população alienada e escandalosamente patriótica, é de um pequeno grupo de políticos porcos como George W. Bush, altos militares e sobretudo de mega-empresários que lucram com a guerra; indústrias de armas, munição, vestiário militar e as empresas terceirizadas que cozinham e lavam para a maior força militar do planeta. Que o ex-presidente Eisenhower já chamava de complexo-militar-industrial e já alertava sobre seus perigos.

Como já sabemos, quem manda e desmanda no mundo não são os políticos, são os bancos e as grandes corporações Saramago já nos alertava sobre a fragilidade (ou porque não dizer falsidade) da democracia contemporânea:

"O eleitor poderá tirar do poder um governo que não lhe agrade e pôr outro no seu lugar, mas o seu voto não teve, não tem, nem nunca terá qualquer efeito visível sobre a única e real força que governa o mundo, e portanto o seu país e a sua pessoa: refiro-me, obviamente, ao poder econômico, em particular à parte dele, sempre em aumento, gerida pelas empresas multinacionais de acordo com estratégias de domínio que nada têm que ver com aquele bem comum a que, por definição, a democracia aspira. Todos sabemos que é assim, e contudo, por uma espécie de automatismo verbal e mental que não nos deixa ver a nudez crua dos factos, continuamos a falar de democracia como se se tratasse de algo vivo e atuante, quando dela pouco mais nos resta que um conjunto de formas ritualizadas, os inócuos passes e os gestos de uma espécie de missa laica. E não nos apercebemos, como se para isso não bastasse ter olhos, de que os nossos governos, esses que para o bem ou para o mal elegemos e de que somos portanto os primeiros responsáveis, se vão tornando cada vez mais em meros "comissários políticos" do poder econômico, com a objectiva missão de produzirem as leis que a esse poder convierem, para depois, envolvidas no açúcares da publicidade oficial e particular interessada, serem introduzidas no mercado social sem suscitar demasiados protestos, salvo os certas conhecidas minorias eternamente descontentes... "

Assista a este corajoso e provocativo documentário, que não hesita em dar nome aos bois e apontar claramente alguns dos envolvidos na bilionárias maracutaia da guerra.

Se houver  qualquer problema com o vídeo, por favor nos avise nos comentários.

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