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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Manhattan (idem) - 1979; morrendo de amores

Manhattan (Manhattan), lançado em 1979.
Um filme de Woody Allen.
Um dos mais idolatrados filmes assinados por Woody Allen, Manhattan é sobre os encontros e os desencontros do amor. Dos acertos e dos equívocos dos sentimentos. Sobre a beleza e charme de Nova York. Sobre o que faz a vida valer a pena. O cineasta filmou sob as bençãos de músicas de George Gershwin e acompanhado por um elenco afiado e lindo.

Isaac Davis (Allen), escritor quarentão duas vezes divorciado, descobre que uma de suas ex-esposas (Meryl Streep), que o trocou por outra mulher, está a escrever um livro sobre a relação e a separação dos dois. Além disso ele está envolvido com uma garota de 17 anos que o ama, Tracey (Mariel Hemingway), mas ele não se sente seguro para firmar compromisso. Para piorar ele se apaixona por Mary (Diane Keaton) amante de seu melhor amigo, Yale (Michael Murphy).

As primeiras falas do filme aparecem em voice over: alguém, que calha ser o personagem de Allen, tenta escrever um livro sobre o quão maravilhosa e apaixonante é a cidade de Nova York enquanto paisagens da cidade aparecem na tela. É o primeiro parágrafo do livro, e nada parece adequado, sempre precisa ser modificado.
Essa abertura já diz muito sobre Manhattan: Woody está de volta no papel de um intelectual inseguro e falastrão - imagem esta a da maioria de seus papéis - e é uma homenagem à maior e mais influente metrópole do mundo, aqui lindamente filmada sem cores pelas lentes de Gordon Willis (que também filmou toda a trilogia O poderoso chefão e alguns outros filmes de Allen).

É entre passeios pela cidade e seus bares e museus (que rendeu uma das mais icônicas imagens do cinema, esta do poster) que Issac vai sofrer e se deliciar nas mãos das lindas mulheres de sua vida; Streep, Hemingway, Keaton. Amores passados, amores presentes, novos amores. Dividido entre ser racional (abandonar uma garota por ser muito mais jovem que ele; recusar se envolver com a amante de um amigo e que ainda por cima tem várias características que repudia e opiniões sobre as quais não concorda) ou sentimentalista (continuar com ela; se entregar à nova paixão). Sempre com um certo humor e leveza, sempre com sentimento, poesia e uma certa melancolia.

Em certa cena Isaac, enquanto deprimido, tenta listar as coisas pelas as quais vale a pena viver. Cita nomes da música, do cinema, das artes plásticas, o rosto de sua amada Tracey, tão jovem, tão doce, tão linda, tão sedenta de viver e descobrir a vida. Refilmássemos hoje tal cena, citaríamos "Manhattan" junto.

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