Um filme de Ana Carolina.

Prestes a fechar um colégio católico para meninas, um interventor cai no sono. Ele sonha então com o colégio, imaginando as alunas e os professores numa rotina cheia de sacrilégios, bagunça e desejos sexuais reprimidos.
Difícil definir esta obra.

Não é um filme muito comum, e tenho certeza de que pelo menos falando em cinema brasileiro foi muito inovador e provocante. Bastante surreal (até porque ocorre dentro de um sonho), ele brinca com clichés e frases prontas (que já se iniciam no título), dá vida à uma imagem de Jesus Cristo, debate sobre a escola e a igreja como mecanismos sociais, aborda a sexualidade juvenil, mais explicitamente a feminina, na eterna contradição entre o desejo, o instinto, e a repressão familiar, social e religiosa. Por outro lado achei o texto um pouco difícil de entender (e pouco natural, para não perder uma piadinha boa ou frase de efeito o o roteiro se contorce e se "descadeira" com a artimanha), boa parte dos personagens são muito estereotipados, a grande maioria das piadas incrivelmente forçadas - e quase todas ruins - e as atuações uma porcaria; a começar por Antônio Fagundes. Ele é o inspetor encarregado de anunciar o fechamento do colégio, mas no sonho ele se vê na pele do professor Guido, fascinado pelas meninas que brigam por ele, se masturbam pensando nele e provocam-no.

Essa descoberta da sexualidade (que inclui uns amassos entre si no banheiro) entra em confronto com a supervisora Muniza (Myriam Muniz) que conversa aos berros, usando algumas palavras em italiano, e tenta colocar alguma ordem no colégio. Os poucos homens se aproveitam do ambiente recheado de garotas, nem o padre afeminado escapa. As faxineiras ajudam com a bagunça e também se jogam nos homens. As diretoras se amam e se odeiam, se invejam, se completam, se jogam em Guido.

Ana Carolina constrói cenas impagáveis (a inesquecível missa, por exemplo. Cena provocante) e se atenta a detalhes que quase passam despercebidos (Amindra (Cristiana Pereira) sempre esfrega as mãos para cima e para baixo no cabo da vassoura).
Apesar dos defeitos vale a pena conferir a coragem dessa diretora, até hoje uma das poucas cineastas que se destacaram no cinema nacional).



Essa descoberta da sexualidade (que inclui uns amassos entre si no banheiro) entra em confronto com a supervisora Muniza (Myriam Muniz) que conversa aos berros, usando algumas palavras em italiano, e tenta colocar alguma ordem no colégio. Os poucos homens se aproveitam do ambiente recheado de garotas, nem o padre afeminado escapa. As faxineiras ajudam com a bagunça e também se jogam nos homens. As diretoras se amam e se odeiam, se invejam, se completam, se jogam em Guido.

Ana Carolina constrói cenas impagáveis (a inesquecível missa, por exemplo. Cena provocante) e se atenta a detalhes que quase passam despercebidos (Amindra (Cristiana Pereira) sempre esfrega as mãos para cima e para baixo no cabo da vassoura).
Apesar dos defeitos vale a pena conferir a coragem dessa diretora, até hoje uma das poucas cineastas que se destacaram no cinema nacional).
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