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sábado, 15 de março de 2014

Sexo, Pudor e Lágrimas (Sexo, Pudor Y Lágrimas) - 1999; entre barracos e falatórios

Sexo, Pudor e Lágrimas (Sexo, Pudor Y Lágrimas), lançado em 1999.
Um filme de Antonio Serrano.
Em sua terra natal, o México, este filme bateu recordes de bilheteria, sendo um dos mais famosos do chamado de Novo Cinema Mexicano. Apesar do grande sucesso, não é lá essas coisas, é bem esquecível, mas tem algum charme por trás da gritaria e dos exageros.

Ana e Carlos passam por problemas no relacionamento, principalmente porque ela tem um apetite sexual que ele, um intelectual, não é capaz de satisfazer. O conflito se agrava quando o amigo Tomas, depois de sete anos fora do país, decide visitar o casal e passar alguns dias no apartamento deles, sendo que no passado ele e Ana tiveram um caso. Do outro lado da rua há um casal amigo (Miguel e Andrea) também em conflitos, que hospedam a ex de Miguel, Maria. Quando o fogo cruzado se agrava, os três homens vão para um apartamento e as três mulheres para o outro.

Na sua estreia no cinema, Antonio Serrano adapta a peça homônima também de sua autoria. Mas é fácil notar sua indecisão sobre que rumos dar à obra. Ora o filme pende para a comédia cheia de barracos, ora tenta se envergar para um drama cheio de falatório sobre questões existenciais e as diferenças entre os sexos. O resultado é um dramalhão muitas vezes ridículo e escandaloso. Diferente de Almodóvar - diretor espanhol cuja obra também é feita de dramas com ares de comédia e tramas improváveis, pouco críveis - Serrano não consegue equilibrar as duas coisas, dosá-las, e os exageros do enredo soam falsos e ridículos. Os atores também oscilam, ora surpreendem positivamente, ora surpreendem pelo cinismo. Para piorar a trilha sonora às vezes vem do nada cheia de pretensões melodramáticas.

Mas nem tudo é obscuro.
A fotografia é quente, alegre, e ainda mais quente são as (poucas, infelizmente) cenas libidinosas, onde pele nua roça pele nua. Ainda ninguém foi capaz de mudar minha ideia de que o cinema latino é o mais sensual do planeta.
E no fundo ele consegue fazer um pequeno, superficial, porém engraçado estudo das relações amorosas nos centros urbanos contemporâneos. Se você é dos que curtem dramalhões, não perca.

#ficaadica

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