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terça-feira, 16 de abril de 2013

Se eu fosse você 2 - 2009; falho mas engraçado

Se eu fosse você 2 (Se eu fosse você 2), lançado em 2009.
Um filme de Daniel Filho.
Confesso que fiquei num dilema em resenhar ou não a respeito deste filme, por um motivo: eu não assisti o primeiro filme. Claro que sei que um filme é este e não aqueloutro, podem viver independentes, mas temos sempre que considerar que na imensa maioria das vezes as continuações são piores que os primeiros, e obviamente menos originais. E acredito que nem o primeiro era lá dessas inovações. A receitinha de troca de corpos é conhecida, meio batida já, no cinema norte americano.



Cláudio (Tony Ramos) e Helena (Glória Pires) são um casal de classe alta que brigam constantemente, trocando farpas do amanhecer ao anoitecer, numa disputa para ver quem mais implica o outro. No meio desses conflitos sem perdão eles decidem por finalmente se divorciarem, e estão a um passo disso quando dizem "se eu fosse você" e estranhamente trocam de corpos: a mente de Helena no corpo de Cláudio e a mente dele no corpo dela. Além dos desafios de viver noutro corpo, com o agravante de ser do outro sexo, eles precisam tentar, ao menos um pouco, esconder isso das outras pessoas. Helena precisa tentar não ser mais tão feminina, uma vez que está num corpo masculino, e Cláudio não tão machão. 
Mas ao fim de quatro dias, tempo previsto para voltarem ao normal, eles continuam em corpos trocados, e para agravar a situação a filha de 18 anos está grávida e vai se casar. Não é difícil imaginar que será Helena no corpo de Cláudio quem irá organizar a festa e interagir com convidados...

Se eu fosse você 2 tem alguma passagens engraçadas, sustentadas por dois grandes nomes do teatro, cinema e TV brasileiras. Ambos fazem o que podem por seus personagens e os deixa interessantes, no limite do possível, que o roteiro do filme é o maior pecado da produção: falas óbvias, personagens pouco desenvolvidos, detalhes fúteis, nenhuma discussão séria (mesmo sendo uma comédia, o tema da gravidez na adolescência, por exemplo, poderia ter gerado uma discussão, sem precisar transformar o filme num drama, mas os roteiristas não quiseram saber disso), e piadas sempre baseadas em esterótipos e situações óbvias.

Outro problema facilmente notável é o ambiente físico e psicológico. Não falo da cenografia em si, mas reparam que os ambientes em que o filme se passa é sempre bonito, decorado, limpíssimo, e que tirando as brigas do casal, não há outros problemas, outros dramas, nada realmente humano - além da gravidez que foi mal trabalhada?

No entanto o filme alcançou um público inédito de mais de 6 milhões de pessoas, mesmo sendo um filme nacional, desde o "nascimento" marcado como "é cinema brasileiro, não presta".

#ficaadica

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