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domingo, 27 de janeiro de 2013

Curta-metragem: Eu não quero voltar sozinho - 2010; deficiência e homossexualidade na adolescência

Eu não quero voltar sozinho (Eu não quero voltar sozinho), lançado em 2010.
Um filme de Daniel Ribeiro.
Cheguei a este curta por meio do Casal sem vergonha, blog que assino o feed, inclusive o link do vídeo estava numa coluna interessante. Fiquei curioso com os elogios e com notícia de que o vídeo foi proibido no Acre (adivinhem? Culpa de um bancada conservadora evangélica); e eu como adoro uma polêmica decidi que deveria assistir, mesmo sem saber do que se tratava, apenas que tinha a ver com homossexualidade. Na hora apenas o adicionei à lista "assistir mais tarde" do You Tube e só hoje fui vê-lo. E foi uma surpresa agradável. Mais tarde vim a saber que o curta não só foi premiado no país, em festivais de cinema e de curtas-metragens, como teve ainda mais prêmios e exibições em festivais internacionais. Tenho planos de divulgar, mais vezes, outros curtas que mereçam ser assistidos.

Leonardo é cego e muito amigo de Giovanna, os dois estudam numa escola "normal" e fica claro que Giovanna gosta de Leonardo. Então aparece um aluno novo na classe, Gabriel, que logo entra no grupo de amizade, mas Leonardo percebe que está gostando dele.

O que faz Eu não quero voltar sozinho funcionar é o mesmo elemento chave que Ang Lee usou em O segredo de Brokeback Mountain: a homossexualidade é tratada de modo extremamente natural, sem levantar bandeiras (nada de ativismo gay pretensioso). Não é necessário dizer que a censura no Acre foi despropositada, é tão ingênuo, nada erotizado, que só podia mesmo serem os puritanos a criarem caso. O roteiro simples e original ainda tem outro ponto interessante: incluir um personagem cego, mesclando dois problemas de discriminação e deixando o assunto ainda mais natural, pois a paixão do garoto nasce mesmo sem conhecer a aparência física do outro.
Naturalmente, se tratando de atores amadores e ainda por cima bastante jovens, as atuações não são das mais convincentes (ou talvez seja, mas tenho uma certa antipatia por personagens de minha idade que não sei explicar); e não consigo gostar das músicas da trilha. Mas a premissa e o roteiro são muito bons, e o diretor conseguiu colocar uma sensibilidade natural e despretensiosa muito interessante. O curta merece o sucesso que fez.

Por favor, qualquer problema no vídeo (fora do "ar"; deletado), avise-nos nos comentários.

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