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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Trilhos do destino (Rails &Ties) - 2007; um melodrama decente

Trilhos do destino (Rails & Ties), lançado em 2007.
Um filme de Alison Eastwood.
Me lembro de uma vez ter visto o escritor José Saramago, no documentário sobre ele, José e Pilar (talvez um dia faça uma postagem) elogiar um cantor dizendo que ele era o filho do grande Fulano (me foge o nome agora), mas que isso não significava nada. Ou seja, o simples fato de ser filho de alguém talentoso não quer dizer que a prole seja talentosa.

E aqui temos um filme da filha de Clint Eastwood que não tem os níveis de qualidade dos filmes de Clint Eastwood. Não se pode culpar a direção exclusivamente, está claro que a Srta. Eastwood tem qualidades além da incomum beleza, tendo lidado muito bem com vários pontos do filme; talvez o roteiro falho seja o grande problema. O elenco é poderoso, e é para elogiar logo Marcia Gay Harden e o pequeno Miles Heizer, ator mirim que impressionou.

A primeira impressão foi a de um grande filme, mas este foi se desviando dos trilhos e tomou rumo a um melodrama um tanto previsível, meio improvável e um pouco pretensioso.

Temos uma mulher doente (cancro na mama) precisando da atenção do marido, um condutor de trens, que só pensa em sua profissão e não dá atenção suficiente a ela. Esse mesmo homem esbarra de maneira trágica na vida de um menino: a mãe dele estacionou o carro sobre os trilhos do trem, num acesso de loucura. O maquinista, seguindo os protocolos, não freia o trem (para evitar um descarrilhamento) e mata a mulher louca, o menino só se salva porque pula no último segundo. A primeira relação com o maquinista é de ódio, acusando-o de nem ter tentado salvar sua mãe. Mas desolado ele vai morar com parentes próximos. Ele então foge e procura o maquinista para um confronto, mas acaba sendo adotado (ilegalmente) pela esposa doente dele. O menino também tem paixão por trens e isso o liga ao maquinista enquanto passa por um processo de amadurecimento. 

Aproveitando-se da doença e solidão da mulher e do sofrimento pós-traumatico do garoto, o enredo tenta levar o espectador a um caminho de choro e angústia forçada, muitas vezes com eventos pouco críveis, e música pretensiosa; mas mesmo assim podemos classificá-lo como, no mínimo, decente. Esperamos todos que Aliosn melhore e consiga continuar o trabalho do pai com talento.

#ficaadica

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