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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A cura (The cure) - 1995; o importante papel da amizade retratado de modo falho

A cura (The Cure), lançado em 1995.
Um filme de Peter Horton.
A cura é um típico melodrama que aborda alguma doença como tema. Embora não seja tão pretensioso e desagradável como Uma prova de amor ele também tem sérias falhas, mas apesar dos pesares, mesmo parecendo muito com filmes da Sessão da Tarde, eu gostei de assisti-lo. O público adolescente, de um modo geral, com certeza é quem mais se identificaria com ele, uma vez que trata de um modo um tanto idealizado a amizade (em Portugal o título do filme é Laços de amizade).

Dexter é um menino que pegou AIDS em uma transfusão de sangue, recém chegado na vizinhança. Ele mora com a mãe. Como já é de se esperar, a vizinhança nunca viu com bons olhos a presença de um garoto doente por ali, e ele vive a brincar sozinho sem nenhum amigo. É quando aparece Erick. No começo ela também rejeita o garoto, mas logo se tornam grandes amigos. Juntos eles começam a procurar em meio a ervas uma cura para a doença além de eventualmente fugirem de casa na esperança de que Dexter seja curado por uma suposta descoberta de um médico em Nova Orleans.

O grande problema do filme, é que, além de fazer piadas com a morte e a doença (embora nada de mal gosto, acaba tirando boa parte da intensidade do filme, que ao menos contribui para ficar mais leve) ele é bastante improvável. Quantos garotos você já viu tentando chegar a uma cidade a mais de 1200 milhas em uma embarcação rudimentar movida a correnteza num grande rio como o Mississipi? Algumas ações são simplesmente ridículas.

Em contrapartida temos pelo menos cinco cenas memoráveis, que são o ponto alto de filme e que fez ter valido a pena vêlo: o diálogo entre os dois meninos quando Erick encontra Dex ensopado de suor no saco de dormir e entrega-lhe o sapato; depois da pouco convincente cena da mão ensanguentada, temos uma sequência legal, um monólogo seguido de dialogo quando Dex se dá conta de que seu sangue é "veneno"; o dialogo entre Dex e o médico a lhe falar sobre milagres; a melhor de todas, que é o confronto entre as duas mães dos meninos; e finalmente quando a mãe de Dex encontra o corpo do filho segurando o calçado de Erick, a mais simbólica das cenas. O destaque do elenco é Annebella Sciorra, que faz a mãe de Dexter, bondosa e que acolhe o grosseiro novo amigo de seu filho. Uma pena que a maior parte da película tenha sérias falhas, mas como disse, valeu a pena.

#ficaadica

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