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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O Hobbit: A Desolação de Smaug (The Hobbit: The Desolation of Smaug) - 2013; a saga continua

O Hobbit: A Desolação de Smaug (The Hobbit: The Desolation of Smaug), lançado em 2013.
Um filme de Peter Jackson.
Toda a magia que há na trilogia O Senhor dos Anéis, de Peter Jackson, não tem sido reproduzida tão bem na trilogia The Hobbit. Ambas dirigidas pelo mesmo cineasta e baseadas nos livros de J.R.R. Tolkien, os filmes narram as aventuras num mundo imaginário chamado Terra Média, onde criaturas fantásticas convivem com seres humanos e há um eterno conflito entre as forças do bem e do mal. Apesar de ter sido lançada uma década depois, a série O Hobbit trata de eventos anteriores aos acontecimentos de The Lord of the Rings, e ajuda a compreender melhor a Guerra do Anel.
 
A jornada dos anões e Bilbo Bolseiro para recuperarem o domínio da Montanha Solitária, controlada pelo dragão Smaug, continua. Depois de o grupo ser capturado por orcs e conseguir fugir das Montanhas Sombrias (onde Bilbo encontrara Sméagol e conseguira o Um Anel), a caravana adentra a Floresta das Trevas, onde é atacada por aranhas gigantes e presa por Elfos. Eventualmente eles chegam à Montanha Solitária, onde Bilbo e os anões começam a luta contra Smaug.
 
O mundo maravilhoso criado por Tolkien ganha vida, movimento e aparência concreta nas mãos de Peter Jackson. Centenas de atores (boa parte do elenco é a mesma da série O senhor dos Anéis, inclusive Ian McKellen continua (competentemente) sendo Gandalf - na minha opinião e na da maioria das pessoas, o mais interessante dos personagens) e horas e mais horas de edição são usados para reproduzir o mundo imaginado por Tolkien. É impossível não dizer, porém, que o uso de efeitos especiais chegou a um nível tão alto que escandaliza. Da trilogia original, o melhor filme é o primeiro, A sociedade do Anel. Não à toa: ali temos uma experiência mais orgânica. Apesar de já muitos efeitos especiais digitais, um primoroso trabalho de figurino, maquiagem, cenografia e efeitos especiais "analógicos" estava por trás da produção. Em cada novo filme, isso diminuía e aumentava o uso de efeitos computacionais. Em O Hobbit (que tem a vantagem de 10 anos de inovação tecnológica) o uso desses recursos é descontrolado. Em  The Desolation of Smaug os problemas de An Unexpected Journey continuam: muita firula visual em detrimento dos personagens. 
 
Não raro os imponentes cenários ganham mais importância que os personagens. Os movimentos de câmera continuam parecendo os de jogos eletrônicos. Falando nisso, em alguns casos o uso de efeitos visuais é tão intenso (caso dos orcs, por exemplo) que os elementos ficam muito mais parecidos com elementos de videogames que de um filme. Reparem que os orcs parecem animação (em O senhor dos Anéis isso não acontecia, já que quase tudo era maquiagem). E olhe que nem vi o filme em 3D, onde o efeito deve ser ainda pior. Claro que um filme como esse não existiria sem computação. Como se teria um dragão tão incrível e realista ou cenários como os que tem? Mas estes efeitos deveriam ser usados o mínimo possível, para não eliminarem a magia e a inventividade que o cinema tem.

Também continua o acréscimo de cenas e fatos não presentes no livro para estender a pouca história em três filmes (tendo assim, três vezes mais lucro).  Apesar disso este filme é melhor que o primeiro: bem mais dinâmico e rápido. E apesar de seus defeitos como cineasta, Peter Jackson continua ótimo em levar seu público para outro universo.

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