Drama Comédia Animação Suspense Romance Curta-metragem Faroeste Fantasia Ação Aventura Musical Ficção Guerra Épico Crime Terror

terça-feira, 23 de setembro de 2014

New York, New York (idem) - 1977; o musical de Scorsese

New York, New York (New York, New York), lançado em 1977.
Um filme de Martin Scorsese.
Liza Minnelli é mais conhecida por seu trabalho no musical Cabaret, de Bob Fosse, que lhe rendeu um Oscar e eternizou sua imagem. Não é exagero dizer, porém, que seu segundo mais conhecido trabalho é outro musical, New York, New York, de ninguém menos que Martin Scorsese (quem diria que ele assinava um musical, não é?), onde atua ao lado de Robert De Niro - velho amigo de Scorsese e seu ator favorito (ele atuou em 8 filmes do cineasta).

Nas comemorações pelo final da II Guerra, em Nova York, Francine Evans (Minnelli) e Jimmy Doyle (De Niro) se conhecem numa danceteria. Ele é um saxofonista pilantra, ela uma cantora. Ambos estão no início de suas carreiras. Eles iniciam um romance e começam a trabalhar juntos. Suas personalidades distintas, entretanto, fazem com que o relacionamento seja de tensão de faíscas.

New York, New York é um dos filmes mais desvalorizados da carreira de Scorsese. Mas, curiosamente, foi filmado no intervalo dos seus dois filmes mais vangloriados: Taxi Driver e Touro Indomável (ambos protagonizados por De Niro). Onde terá errado um dos maiores cineastas da história ao fazer uma homenagem à sua cidade natal? A maioria aponta a trama confusa e cheia de distrações, somada ao final pouco crível. Mesmo assim ele agrada pelas atuações enérgicas de De Niro e Minnelli e pelas canções excelentes, entre elas a imortal "Theme from New York, New York", que Sinatra regravou e se tornou um dos maiores hinos da principal metrópole do planeta.

Jimmy tem um temperamento explosivo, é machista, possessivo e egocêntrico. Francine, um poço de doçura e paciência. Eles se amam e amam a música, mas não basta. Destroem um ao outro, só separados podem viver bem. Minnelli e De Niro estão ótimos. Ambos tem aparições melhores em outros filmes, mas não fazem feio e entre eles rola uma incrível compatibilidade. As apresentações de Minnelli (que também é cantora) são cheias de energia e classe. De Niro por sua vez aprendeu sax para tornar sua atuação mais realista. No mais, ele sempre se deu bem com os papéis em que é impulsivo e irritado. Quando contracenam juntos eles se entendem, se completam.

Talvez pelo gênero diferente do convencional este filme não tem tanto a cara do diretor como seus outros. A violência e a desonestidade elegantes não está aqui, já que não é um filme sobre gangsters. Mas o inconfundível estilo estético de Scorsese está sim presente: muitos travelings, zooms, panorâmicas, planos próximos, plonglées e subjetivas. E a ótima trilha de John Kander e Fred Ebb.
De fato não é o melhor dos musicais nem o melhor dos filmes de Scorsese. Mas é sim um tanto acima da média.

Nenhum comentário:

Postar um comentário