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sábado, 14 de junho de 2014

O Exorcista (The Exorcist) - 1973; o clássico dos filmes de terror

O Exorcista (The Exorcist), lançado em 1973.
Um filme de William Friedkin.
Ícone do cinema de terror e um dos grandes sucessos comerciais da década de 70, O exorcista impressiona pela qualidade técnica, as boas atuações, o estilo narrativo e seu poder de perturbar o público com imagens realmente macabras e assustadoras.

Chris MacNeil (Ellen Burstyn), uma atriz, começa a notar mudanças no comportamento de sua filha. Antes doce e carinhosa, Regan (Linda Blair) passa a falar palavrões e obscenidades, agredir fisicamente outras pessoas e ter convulsões. Depois de horas de exames e consultas com médico e tratamentos e remédios inúteis, a mãe procura um exorcista.

O roteiro, assinado por William Peter Blatty, é a adaptação do livro que o próprio Blatty escrevera e lançara em 1971. O diretor escolhido para filmar foi William Friedkin, que no ano anterior ganhara o Oscar de melhor filme e melhor diretor por Operação França (post em breve). E Friedkin não fez feio, mesmo que para isso tenha feito coisas pouco convencionais como assustar o elenco com tiros para cima, tapas e até filmado num ambiente refrigerado para que a respiração dos atores fosse vista.
O sucesso foi tanto que lendas urbanas nasceram com o filme. Até hoje The exorcist é inspiração e referência no gênero. Muitos elementos que hoje são muito comuns ou até clichês nos filmes de terror, vieram desta obra que ainda se conserva atual.

Se eu que sou ateu e já vi de tudo em filmes achei algumas cenas perturbadoras, fico imaginando a reação do público na época do lançamento. Alguns cinemas ofereciam sacolas para que as pessoas pudessem vomitar. Em vários lugares o filme foi proibido ou sofreu cortes importantes. E não é para menos: se até hoje ver uma garotinha se masturbar com um crucifixo exalta os ânimos, imaginem quarenta anos atrás?

Além da trama naturalmente assustadora e pouco convencional na época, com o demônio encarnado numa criança, o longa possui muitos outros aspectos que intensificam seu poder de provocar medo e tensão. O modo que Friedkin filma é interessante. A câmera passeia pelos cenários criando planos que revelam os amplos cenários antes de se fechar em closes sobre os atores. É com o diretor brincando com esses movimentos, ângulos e enquadramentos que parte da tensão, do medo, da expectativa e da incerteza é construída. A fotografia também se modifica a medida que o enredo avança, ficando cada vez mais sombria.

A cenografia também tem papel importantíssimo: desde as paisagens áridas e infernais do Iraque ao ar fúnebre e úmido da casa na noite do ritual, ela aumenta o desconforto.
E, claro, impossível não elogiar a maquiagem fantástica que imortalizou Linda Blair como a garotinha possuída pelo diabo (provavelmente este é o melhor trabalho de toda sua carreira). Da linda e meiga menina ela passa a um "semi-cadáver" vomitando podridão e blasfêmias.
Se você curte terror, esta obra é obrigatória.

#ficaadica

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