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sábado, 17 de maio de 2014

Frozen - Uma Aventura Congelante (Frozen) - 2013; a Disney não evoluiu muito

Frozen - Uma Aventura Congelante (Frozen), lançado em 2013.
Um filme de Chris Buck e Jennifer Lee.
Não é exagero dizer que a indústria da animação se tornou poderosa como é hoje devido aos trabalhos da Walt Disney ao longo do século XX. O estúdio tem tradição e joias preciosíssimas em seu catálogo. Apesar disso, desde que a categoria de Melhor filme de animação foi criada em 2002, o estúdio ainda não tinha vencido uma estatueta, perdendo a maioria para produções da Pixar, que também tem tido mais sucesso comercial. O motivo? A Pixar sempre buscou inovar, ao passo que a Disney vira e mexe bate na mesma tecla. Apesar da premiação, infelizmente Frozen é um tanto déjà vu.

A princesa Elsa, de Arendelle, nasceu com poderes mágicos capazes de criar gelo e neve. Esse poder, porém, deve ser mantido em segredo para a segurança de sua irmã caçula Anna e de sua futura influência política, já que é a herdeira do trono. Adulta, no dia em que é coroada a nova rainha, ela se descontrola e coloca a cidade sob um forte inverno. Cabe à Anna tentar salvar o reino e a irmã.

Há décadas a Disney queria produzir Frozen, que é baseado no conto de fadas do dinamarquês Hans Christian Andersen. O projeto foi realizado e apesar de estar longe de um filme ruim, também está longe de ser uma unanimidade ou muito original.
Mais uma vez o estúdio investe na batida fórmula das princesas, quase uma marca registrada. E apesar de não ser o foco, também há príncipes ou outros devaneios de amor das princesinhas. Mulheres frágeis mas também fortes e que batalham por algo também é receita conhecida. E voltando à suas origens, o estúdio optou por produzir um musical. Ah! Nada me tira da cabeça que o adorável boneco de neve Olaf é uma espécie de alter-ego do Cid, de A Era do Gelo.
No entanto Frozen ainda tem seu valor. Ainda que o assunto da busca de liberdade e auto-aceitação seja clichê, aqui ele rende um texto coerente e interessante. A busca aqui é interna, e também o amor do qual se fala, eventualmente, ao longo da película. Frozen é sobre solidão mas também sobre reencontros. E o melhor é que tudo flui bem rápido, alucinante. Pena que isso deixe de lado alguns pormenores que o público gostaria de conhecer ou entender melhor, como o poder de Arendelle. Ninguém sabe de onde veio e o que significa.

O visual é deslumbrante. Aqui os milagres da computação gráfica nos enchem os olhos, nos levam a um mundo mágico que só o cinema é capaz de proporcionar. São lindos os cenários, os reflexos e transparências do gelo, tudo.

Porem as músicas são fracas. Algumas são enfadonhas e desnecessárias. Outras são legaizinhas, mas totalmente esquecíveis. A exceção é a ganhadora do Oscar de melhor canção "Let It Go". A música é incrível, a cena em que aparece que é ridícula. Enquanto era levado pelo embalo da música, eu ria de escárnio vendo a personagem cantá-la com tanto cinismo e pompa. Primeiro parece ter encarnado uma Ivete Sangalo na rainha quando ela solta sua capa e dá uma olhadinha sobre o ombro. Depois ela dá umas dramatizações à Christina Aguilera, dobrando o corpo para frente, levando as mãos ao coração e dando uns giros com as mão para o alto. Quando solta o cabelo e o alisa parece um comercial de condicionador. Por fim, depois de num passo de mágica renovar o vestido, baixa uma Beyoncé nela. Então caminha com passos decididos, com direito a pedacinho da perna saindo pela fenda do vestido e contorções sensuais das curvas de seu corpinho digital; praticamente a cantora entrando num palco. Por último, antes de fechar uma porta atrás de si, faz uma expressão de mulher desejada parecendo a Megan Fox posando para um comercial de lingerie. Aliás, apesar de não falhar nesse ponto, os personagens da Pixar são bem mais expressivos.

A cena é meio escrota, mas vale a pena vê-la! E o filme como um todo, repito, não chega a ser ruim.

#ficaadica

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