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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Rain Man (idem) - 1988; um conto sobre amor fraterno e aceitação das diferenças

Rain Man (Rain Man), lançado em 1988.
Um filme de Barry Levinson.
Quase vinte anos depois de chocar o mundo com sua brilhante atuação em Perdidos na Noite, onde viveu um coxo de saúde debilitada - talvez o manco mais convincente do cinema , Dustin Hoffman voltou a interpretar um doente. Dessa vez ao lado de Tom Cruise, ele encarnou um autista com grandes faculdades para a matemática. A atuação tão (ou talvez mais) brilhante quanto sua antecessora lhe rendeu o Oscar de melhor ator.
Charlie (Cruise) está em dificuldades financeiras com seu negócio. Ele recebe a notícia de que seu pai, que era rico e com quem não mantinha mais contato, morreu. Pensando ter uma solução para seu problema viaja para a cidade do pai, para acompanhar o funeral e resolver as questões legais da herança. Mas chegando lá descobre que recebeu apenas um carro usado, e que todo o dinheiro ficou para um desconhecido. Investigando ele descobre quem é o beneficiário: um irmão que não sabia que tinha: Raymond (Hoffman), um autista criado numa clínica. Para tentar conseguir a guarda do irmão, um meio de ter acesso a sua fortuna, ele o leva para sua casa, mas na longa viagem pelo país os dois vão se conhecendo e enfrentando problemas e glórias.


Este é um filme que fala sobre aceitação. Mas também sobre o valor da família e a descoberta do amor entre dois irmãos.
Charlie não é um homem simpático, muitas de suas características (a maioria) nos levam a detestá-lo. O irmão o conduz por uma mudança, mas não vemos uma redenção completa, o que a tornaria artificial e talvez absurda; na viagem ele redescobre valores e se inteira de alguns fatos importantes em sua vida, mas continua sendo quase idêntico ao que sempre foi. Mesmo assim, no final, o vemos com melhores olhos, afinal aprendeu a aceitar e amar o irmão.  
Hoffman é a verdadeira estrela do filme, dando vida ao seu personagem sem nunca reduzi-lo um idiota, nem se prender a estereótipos na confecção do papel. Ele caminha desajeitado e lento, muda um pouco a voz, deixando-a mais nasal, repete falas e torna seu olhar vago e sem direção.

Levinson conduz sua obra com leveza e naturalidade, mesmo ela se tratando de um tema polêmico. Ele consegue nos comover sem precisar apelar para o melodrama ou sensacionalismo, pelo contrário, adicionando vários elementos de humor que deixam a trama mais leve e verdadeira.
É um filme bem humano, só não espere fazer dele um boa pedida para um domingo à tarde com os amigos.

#ficaadica

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