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sábado, 23 de novembro de 2013

Melhor é impossível (As Good as It Gets) - 1997; amor e sarcasmo

Melhor é impossível (As Good as It Gets), lançado em 1997.
Um filme de James L. Brooks.
As Good as it Gets segue o estilo da obra-prima de James L. Brooks, Laços de Ternura: um drama agridoce baseado em atuações poderosas. Aliás, essa receita tem acompanhado a obra do diretor. Mas apesar de Melhor é impossível ter seu charme, e também trazer Jack Nicholson como protagonista, não consegue nem se equiparar com Terms of Endearment.

Estamos em Nova York e Melvin Udall (Nicholson) é um romancista de sucesso. Mas ele de romântico tem muito pouco e é extremamente desagradável e mal-educado, além de ter um transtorno compulsivo obsessivo que faz dele ainda mais rabugento e antissocial. Quando seu vizinho gay Simon (Greg Kinnear) é agredido por ladrões e hospitalizado, Melvin fica encarregado de cuidar de seu cachorro, mesmo odiando o animal e o vizinho. Mas com o tempo ele cria um afeto pelo animal, ao mesmo tempo que vai tentar se aproximar de uma garçonete, Carol (Helen Hunt), a única que parece entendê-lo, mas que não aceita suas grosserias.

James L. Brooks também assina o roteiro, que traz diálogos e monólogos muito bons. Principalmente as falas de Melvin. O personagem é escrito como a pessoa mais desagradável que alguém poderia conhecer. Apesar disso, Nicholson consegue fazer o personagem simpático e dá vida a suas falas extremamente ácidas, suas declarações desajeitadas de amor, colocadas a perder com alguma verdade que lhe escapa da boca. Na boca de qualquer outro ator, essas grosserias que nos fazem rir, iria nos escandalizar. Parte desse acerto é resultado da grande empatia que ele consegue com Helen Hunt, que também dá um charme próprio a sua personagem. Os dois contracenando juntos é ótimo. Também o trabalho de Greg Kinnear, no papel de sua carreira, merece ser elogiado.


Apesar disso o filme escorrega numa repetição do roteiro. O filme já é longo, ainda precisamos ver as brigas de Melvin e Carol sempre parecendo muito uma com a outra. O ritmo da película varia muito, entre o tédio e o encanto e a trama, no final das contas, embora com suas peculiaridades, não difere muito de uma outra comédia romântica qualquer. Nem é muito autoral. Além disso a "expiação" de Melvin é bem previsível. E Cuba Gooding Jr. não me parece a vontade com seu personagem.
É um filme leve, para se assistir num domingo a tarde.

#ficaadica

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