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sábado, 7 de setembro de 2013

Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive) - 2001; surrealismo no cinema do século XXI

Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive), lançado em 2001.
Um filme de David Lynch.
Mulholland Drive é um daqueles filmes complicados de entender, aberto a várias interpretações. O filme não tenta se explicar. Se você gosta de tudo mastigadinho e explícito, não perca tempo com este filme, você não vai gostar. Aos que aceitam essas características, Cidade dos sonhos é um programão para um domingo a tarde.

Numa noite uma sexy morena se envolve num acidente de carro e perde a memória. Se aloja, escondida, numa casa de uma velha atriz e lá fica. Pouco depois a sobrinha da atriz (que é aspirante a se tornar uma atriz também) chega na casa e a encontra tomando banho. Ela então vai tentar ajudar a mulher a se lembrar de quem é e entender o que lhe aconteceu.

Com fortes traços surrealistas, David Lynch, conhecido pelo seu cinema experimental, cria um thriller capaz de prender a atenção do público como poucos filmes fazem. A narrativa não é linear e aos poucos vão sendo introduzidos novos personagens, e quando você pensa que começou a desvendar o enredo e entender o que aquelas duas mulheres representam e o que aconteceu para se encontrarem, a trama dá uma volta e você não sabe de mais nada, mas sabe que o roteiro é brilhante e que deve existir algum sentido nele, mesmo que o próprio diretor afirme que não devemos tentar entendê-lo. Somos imersos num ambiente de onirismo, sensual e perturbador, e nos deixamos levar rendidos, sem cobrar de nós mesmos que entendamos o que vemos, apenas que continuemos a nos deliciar.

A música, a fotografia, o elenco bem escolhido (embora ninguém aqui faça um trabalho que merecesse um prêmio de melhor atriz em Cannes), a montagem. Tudo nos leva a essa misteriosa e desconexa viagem.
Dizer mais seria forçar vocês a aceitarem minha interpretação, assistam e tirem suas próprias conclusões.

#ficaadica

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