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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

300 (idem) - 2006; pura estupidez

300 (300), lançado em 2006.
Um filme de Zack Snyder.
Gosto de história, inclusive gosto muito da história dos povos da antiguidade, mas 300 é um filme tolo.
Todos já ouviram falar do que foi Esparta em seu apogeu, a oligarquia, a cultura militarizada, sua xenofobia e fechamento cultural, seus guerreiros másculos. Em 300 temos 300 homens seminus, todos com um abdome esculpido a base de testosterona sintética e efeitos visuais, untados com óleo e enfiados em tangas apertadas. Os nobres guerreiros espartanos, nas mãos de Zack Snyder, se converteram em uma espécie de gogo boys ridículos e sanguinários.

Crescendo numa academia de treinamento militar, quase cinco séculos antes de Cristo, o Rei Leónidas vai se tornar um corajoso homem, que tendo sido ameaçado de ter o império atacado pelos persas, vai sair com sua guarda pessoal de trezentos homens para enfrentar dezenas de milhares de soldados persas.

O que mais há em 300 é morte e sangue, este último valorizado em câmeras lentas que é para sentir vergonha alheia por quem inventou colocar uma bobagem dessas no roteiro. Aliás o que não falta é bobagem, a premissa absurda - mas que teoricamente é real - foi agravada com várias coisas sem verossimilhança ou sentido. Trezentos homens estúpidos, arrogantes e desagradáveis. Milhares de guerreiros incrivelmente malhados e erotizados, uma multidão de persas sem, aparentemente, o que comer e beber e ainda por cima arrastando uma plataforma gigantesca, cujo topo é ocupado por Rodrigo Santoro, que em entrevista disse ter malhado e se depilado para o papel, e que apenas resmunga uma meia dúzia de palavras. Creio que o antagonista principal merecia um pouco mais de destaque, e uma aparência menos feminina, sem os supercílios raspados e redesenhados com maquiagem.
No filme a violência é quase gratuita, não tem muito motivo para tanta briga. A truculência é agravada com uma fotografia demasiado escura. Da grande quantidade de efeitos especiais, apenas alguns soam interessantes. Se gosta de coisas que fazem sentido e personagens mais ponderados, fuja desta película. Mas se adora uma violência exagerada, mesmo que sem inteligência, é um filme capaz de entreter.

6 comentários:

  1. Embora o filme parta de um pressuposto verdadeiro "Batalha das Termópilas" e assume uma roupagem próxima, porém caricata, de Xerxes I, ele é realmente ruim.
    É um típico filme-BBB: agrada os homens pela violência, e as mulheres [e alguns homens também] pelos gominhos abdominais e bíceps definidos.

    Bela crítica afiada...

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    1. 300 é um filme ridículo.
      Obrigado pela visita e pelo elogio.

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  2. É um filme de ficção. Não deve ser levado a sério. Como foi dito no comentario anterior, só serve pra agradar o publico masculino com as lutas e agradar o publico feminino e gay com os abdomens sarados dos soldados. Engraçado que o soldado principal que eu nem lembro mais o nome se tornou um exemplo de icone da masculinidade assim como Chuck Norris, quando sabemos que na verdade naquela epoca vários desses homens tinham relações homossexuais pois não tinham contato com mulheres.

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    1. Sim é ficção, como quase 100% dos filmes. Mas não acha que o filme poderia ser mais real, mesmo mantendo os abdomes rasgados? Não acha que seria uma experiência melhor um filme que te levasse para dentro da trama, te convencesse do que está sendo apresentado (muitas ANIMAÇÕES conseguem fazer isso, mesmo você sabendo que aquilo é pura ficção)?
      E a aparência como um todo é muito desagradável, pelo menos eu penso assim.
      Mas muito obrigado pelo comentário e pela observação.
      Um grande abraço.

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    2. Sim, concordo com tudo o que disse. Só que o que eles querem é bilheteria, querem agradar o publico, não estão preocupados com algo mais proximo do real.

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