Um filme de Alejandro Jodorowsky.
Um homem que se parece com a imagem clássica de Jesus Cristo (e por isso serve de molde para estátuas), depois de assistir a uma peculiar luta animal, sobe um gancho de ouro e encontra um alquimista, que irá guiá-lo junto a poderosos por uma jornada em busca da imortalidade.
Filmado na turbulenta e drogada década de 70, The Holy Mountain é um filme surrealista e extremamente psicodélico. Uma deslumbrante sátira ao consumismo, a religião, a violência. Tão perturbado que deixaria Luís Buñuel no chinelo.
Quase nada parece ter sentido, verossimilhança é bobagem, o experimentalismo é a bola da vez e os homens são podres. Cada segundo do filme é carregado de simbolismos e críticas, implícitas ou escancaradas. Temos direito até a caricaturas de personas bíblicas. Entre sacrilégios e filosofias somos levados para um cenário peculiar onde a violência, a ganância e tudo de ruim da natureza humana se revela sem pudores. Cenas e cortes não se ligam, mas toda essa loucura é uma delícia de ver. Amantes de cinema não deveriam morrer sem assistir a cena em que "europeus invadem o império asteca". É um orgasmo. Nudez, sexo, sangue e pássaros, confiram.
Apesar de todo o absurdo, é possível compreender bem a premissa e até tirar algumas interpretações que, claro, dependem muito do emocional de cada espectador. Deve ser como usar LSD. Adorei a viagem.
#ficaadica
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