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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Valente (Brave) - 2012; uma nova Pixar?

Valente (Brave), lançado em 2012.
Um filme de Mark Andrews e Brenda Chapman.
Apesar dos cabelos rebeldes cor-de-fogo, esta produção da Pixar é um tanto morna e deixa um pouco a desejar em alguns aspectos, e não se equipara aos maiores clássicos da produtora; mas está muito longe de ser uma película medíocre.
Não é segredo para ninguém que os estúdios Pixar foram comprados pela Disney há alguns anos; o que demorou foi que a produtora acabasse entrando nos vícios da Disney: princesas.
Brave é um filme feminista que inaugura três coisas nos estúdios: uma princesa em um de seus filmes, uma mulher como protagonista e uma mulher na direção.

Merida é uma princesa de um reino na Escócia. Desde pequena se interessou por atividades tidas como masculinas, como andar a cavalo e atirar arco e flecha, o que desagrada sua mãe, polida e elegante. Quando ela cresce seus pais começam a procurar um pretendente, o que a irrita profundamente e faz com que se rebele, acabando por enfiar sua família numa grande encrenca.

Desta vez a Pixar não bebeu do pote de originalidade e pioneirismo com o qual estávamos acostumados, e está aí seu fator mais decepcionante. Some isso a um enredo sem final (o primeiro e o segundo ato são tudo de bom, mas quando você acha que o filme está para chegar no seu clímax ele acaba quase de uma vez), dando um amargo gosto de quero mais. Não, não é a obra prima do estúdio; mas, novamente, não é um filme ruim, até porque em meio aos clichés tem ainda muita coisa inovadora, como a princesa não querer se casar, um ambiente um pouco menos "encantado" e piadas que só os adultos compreenderão. Porém seus personagens são interessantes e bem desenvolvidos na medida do possível, sem falar na dublagem de qualidade. Como não amar Merida, a bruxa e os trigêmeos?

Porém visualmente falando, temos um verdadeiro milagre da computação gráfica, e me atrevo a dizer que até agora foi a mais bem feita animação da história do cinema. É impressionante o que temos de cores, sombras, luzes, reflexos, renderização (detalhamento de pelos, folhas, tecidos), de transparência e de detalhes como um todo. É difícil crêr que tanta beleza pôde ser feita num computador. Começa na personagem, com seus incríveis cabelos que são um retrato de sua personalidade, e termina nos belos cenários sombrios e fantásticos das florestas escocesas e dos castelos medievais. Tudo com uma realidade fotográfica, mas sem jamais deixar de ser uma genuína animação. Só torço para que o estúdio volte com suas produções imprevisíveis.

#ficaadica

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