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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Paris, eu te amo (Paris, je t'aime) - 2006; uma coletânea maravilhosa de filmes

Paris, eu te amo (Paris, je t'aime), lançado em 2006.
Um filme coletivo envolvendo mais de vinte diretores, coordenados por Emmanuel Benbihy.
A história da humanidade se confunde com a de Paris, uma cidade milenar carregada de história e diretamente envolvida no que é o mundo hoje, seja na cultura, na economia, na política. Ela foi importante no passado, e ainda hoje é.

Mas como toda e qualquer cidade, ela nada mais é do que as pessoas que lá vivem. São seus habitantes que lhe dão identidade. Além disso a cidade do amor e das luzes não é perfeita. Sendo hoje uma metrópole com mais de dez milhões de habitantes, ela também sofre com a violência, com o transito caótico, com poluição e com medo, desconfiança ou indiferença entre seus habitantes.

Paris, je t'aime é um projeto onde mais de vinte diretores e dezenas de atores, dos quais muitos conhecidos, realizam curtas-metragens independentes que visam humanizar a cidade; levando por terra idealizações e romantismos, mas sem jamais deixar de mostrar sua inarrável beleza, a humanidade de seus habitantes, que xingam, se estressam, mas também se apaixonam e amam Paris. Não se limitando a mostrar o dia a dia de seu povo, também mostra os turistas e suas impressões sobre a cidade, os imigrantes. 
Tanto isso é verdade que assim como a cidade é inegavelmente multicultural, também o filme é feito por atores de diretores de diversos países, e além do francês temos espanhol, inglês, árabe e até chinês. Não se prendendo somente a crônicas, temos também histórias absurdas, fantasiosas; inclusive um terror-thash.

São vinte curtas-metragens, ambientados cada um num dos "arrondissements" de Paris, uma divisão administrativa que existe lá. Naturalmente, alguns são melhores que outros. Os que mais gostei foram o do brasileiro Walter Salles, que mostra uma imigrante cruzando toda a cidade para poder ir trabalhar, muito comovente; o dos irmãos Cohen, que mostra um turista em apuros no metrô; Bastilha de Isabel Coixet; a belíssima comédia Tour Eiffel de Sylvain Chomet; Place des Fêtes de Oliver Schmitz; o terror Quartier de la Madeleine; Quartier Latin, uma história madura sobre os relacionamentos e por fim o monólogo 14e arrondissement. Mas vale a pena conferir cada uma das pérolas deste filme, tão diferentes entre si, já que são obras de artistas distintos, mas todos empenhados em mostrar um pouco de Paris.

#ficaadica

3 comentários:

  1. Flávio, valeu novamente por essa dica maravilhosa.
    Assim como você, tenho também algumas histórias favoritas. Emocionei-me muito com a dolorosa história de amor de alguém invisível "Place des Fêtes" (19e arrondissement). Igualmente emocionante e sensíveis são as histórias "14e arrondissement", "Loin du 16e" e "Faubourg Saint-Denis" (10e arrondissement). Também achei interessante a história corajosa de um problema de comunicação em "Le Marais" (4e arrondissement) e corajosa atitude em "Quais de Seine" (5e arrondissement). E por fim ressaltar a leve e poética história cômica "Tour Eiffel" (7e arrondissement) , a história trash que me fez rir no final "Quartier de la Madeleine" (8e arrondissement) , e música ritmada e engraçada de uma história que seria cômica se não fosse trágica "Bastille" (12e arrondissement).
    Enfim, parece que eu gostei da metade do filme!

    Só a título de curiosidade, faz parte de uma franquia, que 2009 lançou com um número de histórias que é a metade de Paris, mas com o dobro do tempo cada um. E em 2014 lançara , também com 10 histórias de cineasta de diversos lugares do mundo e com uma novidade que essas histórias se intercalarão com cenas de transição.

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    1. [ERRATA]
      Só a título de curiosidade, 'Paris, Je t'aime' faz parte de uma franquia, que 2009 lançou 'New York, I love you' com um número de histórias que é a metade de Paris, mas com o dobro do tempo cada um. E em 2014 lançara 'Rio, Eu te amo', também com 10 histórias de cineasta de diversos lugares do mundo e com uma novidade que essas histórias se intercalarão com cenas de transição.

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    2. Pois é, Diogo! Que bom que acertei na recomendação desta vez!
      Li sobre New York, parece ser menos legal, mas pretendo assistí-lo, e espero que o do Rio seja maravilhoso (inclusive acho que você deve desejar isso ainda mais que eu hahaha) e não se prenda a esterótipos de futebol e carnaval.

      Obrigado pelo comentário!

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