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terça-feira, 21 de maio de 2013

Volver (idem) - 2006; uma adorável história absurda

Volver (Volver), lançado em 2006.
Um filme de Pedro Almodóvar.
Não sei muito bem porquê gostei deste filme, mas gostei. Fiquei vidrado na tela, mesmo pensando "que história de novela mexicana"!
Pedro Almodóvar é um dos mais reconhecidos cineastas espanhóis, com vários prêmios importantes na carreira (incluindo dois Oscar, dois Globo de Ouro e vários prêmios do Festival de Cannes). Volver foi o terceiro filme no qual o diretor trabalhou com Penélope Cruz, que antes, inclusive, participou do vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro Tudo sobre minha mãe; mas foi com Volver que ela conquistou definitivamente o mundo e consagrou-se como a mais famosa atriz espanhola da atualidade.

Raimunda (Cruz) é uma mulher que gosta muito da sua Tia Paula. A velha jura que a irmã - mãe de Raimunda e de Sole (Lola Dueñas) - é quem cuida dela e da casa, mesmo as irmãs afirmando que sua mãe já morreu. Raimunda tem uma filha chamada Paula, que um dia, para se defender de uma tentativa de abuso sexual por parte do pai, o esfaqueia e mata-o. Para proteger a filha Raimunda esconde o corpo e diz a todos que o marido decidiu abandoná-la. Enquanto isso o fantasma de sua mãe, Irene, passa a conviver com Sole.

Volver tem uma história absurda mas ao mesmo tempo verossímil. Pode ser difícil achá-la crível, mas todos sabemos que é uma coisa que poderia ocorrer; e as reviravoltas estão de acordo com a trama, com as personagens. Aliás, conhecido principalmente por abordar em seus filmes temas baseados em mulheres, sem apelar para o feminismo político, Almodóvar traz em Volver cinco mulheres cujas vidas estão entrelaçadas de forma tragicômica. Temas delicados e pesados como abuso sexual, homicídio, envelhecimento, doença e principalmente a morte são retratados de um modo leve, mas ainda sim dramático, com fotografias coloridas e alegres. Antes de Volver Penélope não fez trabalhos muito notáveis, mas neste filme ela está sensual (como sempre), solta, leve e intensa. Carmen Maura interpreta a mãe, é dela as cenas mais engraçadas, em sua vida há um deboche. E segredos. 

Porém a trama parece um pouco forçada, e em determinado momento fica previsível. Além disso alguns pontos do roteiro parecem distrações desnecessárias. Mas num balanço geral é um filme muito peculiar e divertido.

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