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domingo, 31 de março de 2013

Brüno (idem) - 2009; humor afiado e politicamente incorreto

Brüno (Brüno), lançado em 2009.
Um filme de Larry Charles.
O bom deste filme é que ele é tudo que a moral e os bons costumes repudiam. Nesse caso esteja preparado para vê-lo e retire as crianças da sala com antecedência. 
Em 2006 o ator e comediante Sacha Baron Cohen  chocou e divertiu o mundo com Borat, uma comédia com ares de documentário extremamente satírico e indelicado, até chocante e vulgar- sobre um repórter cazaquistanês que viaja aos EUA -, mas extremamente engraçado. 


Brüno segue a mesma receita: uma espécie de pseudodocumentário com cenas e linguagens chocantes e estereotipadas de um personagem extravagante, desta vez um repórter de moda austríaco gay, em viagem à América.
O pior - leia-se o melhor - é que algumas entrevistas realizadas por Brüno são reais, e os entrevistados não sabiam que se tratava de um personagem muito menos que estavam fazendo parte de um filme! Apesar da indelicadeza, as piadas são sátiras à sociedade contemporânea, tendo o filme, então, certa relevância em seu contexto.


Brüno (Sasha Baron Cohen) é um repórter de moda gay que vive em Áustria, onde tem um programa de TV. Após ser abandonado pelo namorado e demitido, ele viaja aos EUA com o objetivo de se tornar o maior astro austríaco desde Hitler.
É nessa empreitada que surgem as mais hilárias situações, que incluem entrevistas de doer o diafragma de tanto rir, aparições como figurante em programas de tevê, campanhas publicitárias com crianças, uma intervenção no conflito árabe-israelense e uma tentativa de se "heterossexualizar".

Brüno não é um filme para toda a gente. Sua classificação é para dezoito anos (eu diria 14, é hipocrisia pensar que alguém com essa idade já não sabe sobre o que o filme mostra e que ainda não conhece os palavrões. Mas atenção, não há sexo explícito), o que já limita o público. Mas sobretudo não se pode ser uma pessoa que se ofende fácil para digeri-lo, é um humor pesado e politicamente incorreto, ofensivo, até.
As sátiras presentes são várias, a mais notável é a obsessão das pessoas em ter alguns minutos de fama; mas também critica o comportamento homofóbico, a verdadeira face de alguns dos entrevistados, a religião que tenta curar a homossexualidade e tem ainda o "pequeno bebê negro", praticamente um tapa em Madonna e outras celebridades que andam a adotar crianças africanas para comover o público.

Mas há alguns problemas de montagem, que deixa o filme confuso às vezes; e também o personagem não é exatamente carismático, mas sim arrogante, o que pode fazer com que o público não se prenda tanto. Mais um problema: Brüno é um gay tão estereotipado que duvido que ele sirva para disseminar a ideia de igualdade dos homossexuais.

Se procura uma comédia extremamente engraçada e não se importa em ver cenas fortes e inteligentemente estúpidas, Brüno - e também Borat - são escolhas certeiras.

#ficaadica

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