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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Sparkle (idem) - 2012; a última aparição de Whitney Houston num filme comum porém divertido

Sparkle (Sparkle), lançado em 2012.
Um filme de Salim Akil.
Não sou a pessoa mais indicada para falar de Sparkle, por dois motivos: sou super fã de soul music, é meu gênero predileto, e sou fã de vários anos da cantora Whitney Houston. E este é um semi-musical para e sobre a black music, precisamente nos anos dourados na Motown.
E o enredo precisamente é ambientado na Detroit do fim dos anos 60 e início de 70's. Ao longo dele ouvimos falar de nomes como Marvin Gaye, Diana Ross and The Supremes e Aretha Flanklin.


Estamos numa família religiosa comandada pela figura da mãe, Emma Anderson (Houston), e que conta com três filhas: Sparkle (Jordin Sparks), "Sister" (Carmen Ejogo) e "Dee" (Tika Sumpter). As duas primeiras, escondidas da mãe, estão numa boate onde pretendem se apresentar. Sparkle compôs uma música e pede que a irmã a apresente, mas ela só concorda depois de ser desafiada por Black (Cee Lo Green). E "Sister" rouba a cena na boate cantando com sensualidade e afinação. As duas então voltam para casa.
No dia seguinte, na igreja, Sparkle flerta com Stix. E o primo Levi se interessa em "Sister". Venco Sparkle cantar e compor, Stix a encoraja a formar um grupo com as irmãs e ele será o empresário. Descobre-se que Emma já tentou ser cantora e não conseguiu fazer sucesso. E elas começam a se apresentar juntas e fazerem sucesso nos bares. Levi é trocado por um comediante rico da televisão, que sendo negro vive de fazer piadas racistas sobre negros. Mas as coisas acabam não tomando todos os rumos esperados, e as irmãs e a mãe passam por provações. No fim só Sparkle continua com o sonho de ser uma estrela.

O problema de Sparkle é que ele é muito clichê. Quase a totalidade do filme é previsível, é comum demais falta originalidade, em contrapartida com cenas memoráveis, com músicas interessantes, vozes afinadas e de timbre bonito e muita sensualidade. Mas não temos canções tão divertidas e satíricas como as de Chicago.

Outra coisa a questionarmos é o protagonismo de Sparkle: na minha opinião é a personagem menos interessante de todo o filme, não passa de uma menina que sonha em ser cantora mas tem medo de correr atrás, enquanto isso temos as irmãs, uma que se envolve em verdadeiro drama e outra de personalidade durona e que se preocupa com a família a o futuro como médica; e a mãe frustrada, que estranhamente tem boa situação financeira, mesmo, supostamente, tendo rolado no próprio vômito quando as filhas eram crianças (a cena que tem este diálogo é uma das de maior conflito e uma das melhores, embora essa fala não tenha sentido, e hoje, depois da morte prematura de Whitney, ao que tudo indica vítima de drogas, nos doa amargamente ver esta cena e ouvir tal acusação da filha contra a mãe).
"Sister" é, sem dúvida, a mais interessante. E isso vai além do próprio papel, a atuação de Ejogo é a melhor do filme, a atriz está sublime tanto no palco cantando com competência e luxúria, quanto nas delicadas cenas de violência doméstica, apanhando do marido e usando drogas. Sem dúvida brilhante trabalho.

Sparkle não é dos melhores nem mais originais musicais, mas garante uma divertida viagem à música da década de 70 e uma última contemplação ao trabalho de Whitney Houston, boa atriz, inigualável cantora.

#ficaadica

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