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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Ben-Hur (idem) - 1959; um dos mais imponentes épicos do cinema

Ben-Hur (Ben-Hur), lançado em 1959.
Um filme de William Wyler.
Este é um dos mais reconhecidos épicos do cinema, imponente pelo orçamento gritante da época mas que acabou tornando-se um sucesso absoluto de bilheteria e acabou vencendo 11 Oscar, sendo o recordista de estatuetas ao lado de Titanic O Senhor dos Anéis: o retorno do rei
Pessoalmente acho que foi muito superestimado e não, não empata em qualidade com os outros dois recordistas de prêmios, embora, devemos reconhecer, foi inovador para sua época, e apresenta imagem, som, cenários e figurinos e efeitos especiais muito bons.

Primeiro de tudo, nunca se deve esperar grande coisa de obras do cinema com temática religiosa ou esotérica, são sempre pretensiosos, e Ben-Hur apesar de não tratar diretamente da história bíblica de Jesus de Nazaré, é ambientado naquela época e acaba aparecendo em algumas cenas. Desta forma os trinta minutos finais, após a morte do antagonista, são os piores, pois é quando realmente a parte teológica da história entra em cena com seus ensinamentos baratos que por mais de um milênio e meio a humanidade tem vindo a assimilar.

Mas antes disso é um filme divertido e bonito, retratando a interação de três povos: judeus, romanos e árabes, embora, claro está, de forma bem parcial; e a assimilação entre povos dominados e conquistadores.
Judah Ben Hur (Charlton Heston) é um rico mercador judeu. Durante a adolescência teve uma grande amizade (e um caso amoroso, não há dúvidas) com Messala (Stephen Boyd), filho de um romano. Eles se separam, mas anos depois Messala volta à Judéia como líder militar. A princípio se tratam com cordialidade, mas depois de saber dos planos de Roma para reforçar seu poder sobre a região, Judah se recusa a ajudar Messala e tornam-se inimigos. Depois a irmã de Judah, por acidente, atinge com uma telha o governador romano. Ela, a mãe e o irmão são presos. Elas ficam confinadas e Judah torna-se escravo, jurando voltar por vingança. Um dia ele salva um cônsul romano da morte, torna-se cidadão de Roma, é adotado pelo cônsul e torna-se corredor de bigas. É quando volta para seu povo, se alia a um árabe dono de belos cavalos e disputa uma corrida de bigas com Messala, que morre. Então ele reencontra sua família com lepra e as leva para conhecerem Jesus, mas chegam durante sua crucificação.

Naquele dia há uma chuva que cura a lepra. Nunca mais tal feito se repetiu, e vão-se já quase dois milênios, que temos agora é só chuva ácida. Bons tempos aqueles.

A melhor cena, não há dúvidas, são os nove minutos da emocionante corrida de bigas. A trilha sonora e a fotografia estão impecáveis. Heston, apesar de ganhar o Oscar, não fez grande coisa pelo seu personagem, estava muito falho. Agora os cenários imponentes são uma atração à parte. Mais os figurinos de três culturas diferentes, de várias classes sociais.

#ficaadica

3 comentários:

  1. Discordo quando voce diz que heston não fez grande coisa no seu personagem, apesar das muitas caretas que ele faz no filme, o ator conseguiu em quase na maioria das cenas colocar emoção e drama no seu personagem.Não consigo ver outro ator fazendo ben hur, que não ele.

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    1. Como já disse uma vez, cinema é arte, e a arte é subjetiva e aberta a qualquer interpretação, a qualquer opinião. Pessoalmente não gostei muito de Heston (mas também não foi a pior coisa que ele já fez), como disse um amigo meu uma vez, na época os atores ainda misturavam cinema e teatro, por isso suas interpretações por vezes soam pouco naturais. Mas respeito sua opinião e até concordo que é difícil imaginar Ben em outro ator.

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    2. Fosse o épico ben hur uma epopéia americana,não duvido que estaria ele entre os 5 mais de todos os tempos, muito embora subentede-se no filme que os romanos são os americanos com o seu poder militar e econômico e os judeus e outros são os índios do velho oeste o resto do mundo nos dias de hoje.

      No mundo do pós 2ª guerra, os valores morais como a auto estima, éticos e cristãos estavam em baixa.Nos anos 50 Hollywood percebeu nos filmes bíblicos e épicos uma maneira de resgatar novamente esses valores ás famílias.
      Por isso que na parte final do filme quando ocorre o milagre da cura da mãe,irmã e tambem a espiritual de ben hur, foi ao meu ver importante a cena ter sido feita daquela maneira, o que destoa um pouco do restante do filme, mas acho que pela história, não tinha outro final a não ser esse, pois nos anos 50 quase todos os filmes tinham que ter sempre um final "feliz".
      Naquela época em certas cenas os atores eram muitos teatrais, fica muito evidente isso no filme, nos encontros entre ben hur e sua mãe no vale dos leprosos e com sua amada ester em sua casa.
      No entanto se não conseguimos ver outro ator para o filme a não ser o charlton heston, então os outros atores que foram escolhidos para o filme poderiam até serem melhores, mas não eram talhados para o filme.

      Alguns filmes de hoje a despeito de toda a tecnologia e a qualidade dos efeitos especiais e recentemente o 3d, não se sutentam por muito tempo e logo caem no esquecimento, pois muitas das cenas são feitas em estúdio e em fundo azul, que nos dá a falsa impressão de grandiosidade , por isso que quando os assitimos novamente, eles não nos impressionam mais.Um exemplo disso é o filme 300.
      Ao contrário,Ben hur se sutenta ao longo dos anos, porque foi feito em uma grandiosidade impressionante e real aliado a um drama com um pano fundo religioso.
      Obs: temos que respeitar aqui o modo como se filmava, excetuando-se a corrida de quadrigas, o filme roda em uma velocidade até certo ponto vagarosa, mas temos que entender a forma e o jeito de se fazer cinema nos anos 50.
      Eu tive o privilégio de te-lo assistido no cinema, só quem assistiu no cinema tem a verdadeira e real noção do que foi esse filme.As cenas navais mesmo com evidencia dos bonecos e maquetes são grandiosas; mas principalmente da corrida de quadrigas que foram feitas em um circo máximo construido em uma área de 73 mil metros quadrados é que tem a verdadeira noção de grandiosidade do filme. Os dubles que conduziam os cavalos se transfomaram em atores.Observe que os cavalos correm a quase 60km/h.
      Os atores principais quando era exigido um maior perigo, seus dubles entravam em cena para substitui-los.

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