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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Amadeus (idem) - 1984; a genialidade e o conflito de dois grandes compositores

Amadeus (Amadeus), lançado em 1984.
Um filme de Milos Forman.
Esta é uma biografia ao mesmo tempo que não é. Retrata a vida de dois compositores reais e parte de suas obras, mas é fantasioso em aspectos pessoais e outros fatos jamais comprovados por historiadores, sendo tudo fruto da imaginação do autor do livro no qual foi baseado. Um filme de Milos Forman, diretor de Um estranho no ninho e O povo contra Larry Flynt. Sucesso comercial, foi aclamado pela crítica e pelo público; vencendo uma série de prêmios.
É um filme longo, três horas, que o torna um tanto cansativo, porém não deixa de ser um filme interessante e impecavelmente bem acabado e polido. Retrata a vida e o suposto conflito dos compositores Mozart e Salieri, vividos em Viena no mesmo período, um drama histórico com cenários e figurinos impecáveis; e claro, muita, muita música.

O filme começa com Salieri velho tentando se matar enquanto grita pedindo perdão por ter matado Mozart. Pouco depois ele aparece recuperado tocando num hospício, é quando chega um jovem padre para receber a confissão. Amargurado ele evita o padre, mas depois acaba se sentindo a vontade e começa a narrar sua história com Mozart, num flash-back eventualmente interrompido por regressos ao "presente" (o presente é 1823). 

Quando criança Salieri já amava a música e prometeu a Deus seu celibato caso pudesse viver da música. Na época já ouvia falar sobre um compositor de menos de 10 anos que se apresentava para reis por toda a Europa, Mozart. Com a morte do pai ele segue rumo a vida de músico e a história passa a sua vida adulta, agora compositor da corte de José II, imperador do Sacro Império Romano-Germânico. Faz fama e sucesso até que Mozart visita Viena e ofusca seu trabalho. Ele nutre enorme admiração por Mozart e diz que sua música é a voz do próprio Deus. Mas a admiração começa a tornar-se enorme inveja e ciúmes, principalmente por não aceitar como um jovem tão obsceno, infantil e mal-educado pode ter recebido tamanho dom para música. O ódio pelo rival se acirra quando descobre que a senhorita que amava havia dormido com Mozart. A vida dele passa a ser regida pela vontade de destruir Mozart e "rir de Deus" um dia. Isso valendo-se de truques, intrigas, críticas e mentiras, mas até o final reconhecendo o trabalho de Mozart como a melhor música que conhece. Quanto a Mozart se casa, enfrenta problemas com o pai, contrai dívidas e passa a beber cada vez mais enquanto compõe dezenas de trabalhos.

Amor e ódio, beleza e feiura, humor e drama, imagem e música se misturam nesse belo trabalho de Milos Forman, que revela o lado humano da inveja que sempre vem mesclada a admiração. O diretor usa ainda de vários efeitos interessantes, como as cenas de composições onde os compositores ao lerem as partituras imaginam a música instantaneamente. Quem gosta de música erudita tem ainda mais um motivo para assistir. Aqui temos a processo de criação e ensaios de músicas, peças e óperas.

#ficaadica

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