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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

127 Horas (127 hours) - 2010; o ser humano no seu limite físico e psicológico

127 Horas (127 hours), lançado em 2010.
Um filme de Danny Boyle.
O diretor é o mesmo do incrível Quem quer ser um milionário?, e novamente Boyle fez um bom filme.

De um modo bem resumido, o filme nada mais é que a cine-biografia de Aron Ralston, um alpinista que certo dia se acidentou e ficou com o braço preso em uma rocha por 5 dias, tendo que escolher entre morrer ali, de fome e sede, ou cortar o próprio braço para se libertar. Mas o filme vai além: ele retrata muito bem, pelos mais variados meios, o estado psicológico do personagem. O protagonista é vivido por James Franco.

Aron visita o grande canyon em Utah. Ele vai sozinho e não conta a ninguém sobre a viagem. Chegando lá ele conhece duas moças e os três se divertem um pouco juntos. Mas pouco depois que eles se separam, Aron sofre um acidente, e acaba caindo no canyon com uma pedra a prender-lhe o braço. Ele grita por socorro mas a imagem na tela revela sua insignificância perto do planeta terra, com ninguém por perto para ouvi-lo. Ele usa a inteligência para tentar se soltar mas não consegue. Desesperado ele teme perder a sanidade. No tempo que ele fica preso, uma série de flash-backs e memórias, alucinações, desejos, diálogos consigo mesmo e com a câmera e até mesmo ideias sobre o que foi e o que poderia ter sido mostra o seu lado psicológico abalado (e é justo aí o ponto alto do filme); enquanto é obrigado a racionar comida e beber a própria urina. Várias vezes ele tenta amputar o próprio braço com uma faca cega.

Angustiante e belo. Um verdadeiro drama psicológico no qual o espectador entra. 
O diretor usa de recursos fantásticos para dar a quem assiste a mesma emoção do personagem, seja desespero, felicidade, nojo, solidão, dor, arrependimento e sentimento de insignificância. O jogo de câmeras é incrível, emocionante. Que temos aqui não é um herói para inspirar, e sim um homem arrogante e egoísta que se viu numa grande encrenca, sentindo a morte próxima, e precisa superar seus limites para sobreviver.
Adorei cada pedacinho.

#ficaadica

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