Um filme de Sam Mendes.
Do mesmo diretor de Beleza Americana, que agora repete seu feito de escancarar os problemas e principalmente hipocrisias da vida suburbana americana, Foi Apenas Um Sonho ficou mais conhecido pelo reencontro de Kate Winslet, Leonardo DiCaprio e Kathy Bates, depois do sucesso de Titanic, no qual eles três atuaram em papéis importantes. E estando mais maduros profissionalmente que em 1997, tiveram atuações ainda melhores.
O filme mostra como um casal se conheceu, apaixonou-se e se casou-se nos anos 50.
Então temos um casal que se julga feliz e que todos nós, e os vizinhos, e a família deles julgam serem felizes. Mas depois de um tempo começam a sentirem suas vidas vazias, uma vez que o marido odeia o seu trabalho e a esposa não seguiu seus sonhos. Eles se mudam para uma casa na periferia e lá conhecem o filho louco da corretora, que tem uma língua afiada e não se controla em dizer o que pensa.
Vendo a monotonia e comodismo de suas vidas, o casal começa a entrar em crise ao mesmo tempo que possuem uma chance de recomeçarem, caso se mudem para Paris.
Mas não é uma decisão fácil, o marido recebe uma oferta de promoção, a esposa engravida do terceiro filho. No final tudo não passa de um sonho, a viagem e o casamento.
É um trabalho brilhante de Mendes que já havia trabalhado com temas semelhantes antes- do sonho americano ruindo. O roteiro que é adaptado de um romance dos anos 60 de Richard Yates, traz um drama intenso e extremamente amargo, maravilhosamente bem conduzido pelos atores, aliada a uma trilha sonora discreta que só acrescenta ao filme.
DiCaprio mostra sua versatilidade como ator e Winslet reafirma-se como uma das melhores atrizes das últimas duas décadas.
April e Frank vivem num mundo de aparências, ao longo do filme várias vezes as outras pessoas dizem o quão maravilhosa é sua família. O subúrbio é lindo, é verde, tem uma casinha adorável na colina, mas é vazio de verdade. A vida não é tão perfeita. De repente uma "loucura" aparece para, talvez, tirá-los daquela vida medíocre com a qual não sonharam. Quem nunca sonhou com uma aventura assim? Mas é preciso ter coragem para trocar o certo pelo incerto, ainda que o certo seja também errado e triste. Desse mundo de hipocrisia emerge o "louco" que é quem mais vê e quem é mais sincero: John, brilhantemente interpretado por Michael Shannon. Ele não mede palavras, joga na cara dos protagonistas as verdades que eles se negam a aceitar.
April e Frank vivem num mundo de aparências, ao longo do filme várias vezes as outras pessoas dizem o quão maravilhosa é sua família. O subúrbio é lindo, é verde, tem uma casinha adorável na colina, mas é vazio de verdade. A vida não é tão perfeita. De repente uma "loucura" aparece para, talvez, tirá-los daquela vida medíocre com a qual não sonharam. Quem nunca sonhou com uma aventura assim? Mas é preciso ter coragem para trocar o certo pelo incerto, ainda que o certo seja também errado e triste. Desse mundo de hipocrisia emerge o "louco" que é quem mais vê e quem é mais sincero: John, brilhantemente interpretado por Michael Shannon. Ele não mede palavras, joga na cara dos protagonistas as verdades que eles se negam a aceitar.
Não é um filme fácil. E nem deveria ser. Julgo este como o melhor drama familiar que já assisti, ainda hoje 18 de maio de 2013, data em que faço alguns ajustes no texto antigo publicado em agosto de 2012.
#ficaadica
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