Um filme de Stanley Kubrick.
Esse filme exemplifica bem as palavras de José Saramago, escritor português prêmio Nobel, quando ele disse que o ser humano é podre.
Talvez nenhum outro filme dê tanta vontade de chorar o vomitar como este. Um chute no estômago e uma pancada na cabeça do espectador. Nele os traços de ficção se misturam a esse amargo drama, carregado de humor negro.
Numa Londres não se sabe de quando, Alex é um adolescente problemático. Sua paixão é a violência e a música clássica. Ele é o líder de uma gang, a qual possui um dialeto próprio, que pratica atos de violência apenas por prazer. Eles entram numa casa no campo, machucam um escritor que nela vive e estupram sua esposa na sua frente enquanto eles cantam músicas alegres e se divertem com o sofrimento das vítimas.
Durante um assalto, em que Alex mata a vítima, ele é capturado e preso, traído pelos seus amigos de gang. Após um tempo preso, ele é liberado para se submeter a um tratamento experimental e obscuro que o governo planeja. Depois do tratamento, ele está traumatizado e não é capaz de um mínimo ato de violência, nem por defesa, o que permite que ele seja agredido e quase morto pelos ex-amigos, que viraram policiais. Seu mundo se vê ainda mais obscuro que antes, e agora ele é quem é vítima de atos violentos.
São cenas pesadas de violência, com aspectos sonoros e visuais interessantíssimos. Um debate sobre a violência é possível, por isso em inúmeras universidades os professores dos cursos de psicologia requerem trabalhos sobre o filme. O erotismo e o sexo exarcebado compõe boa parte da trama. Valores morais, tanto de indivíduos quanto do governo, são questionados, numa sátira fria, sombria, repugnante e interessantíssima. Também é explícito o questionamento sobre a psicologia e a psiquiatria de comportamento. É obrigação do cinéfilo conhecer essa bela obra, que está na lista do AFI, dos cem melhores filmes de língua inglesa de sempre.
#ficaadica
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