Um filme de Volker Schlöndorff.


Ambientado num longo período que também compreende o da II Guerra, vemos a disputa entre Alemanha e Polônia por uma região entre as duas nações (que hoje é área polonesa), o nacionalismo exarcebado; de maneira leve e superficial, a perseguição aos judeus. O tambor é um drama fantasioso carregado de humor negro e crítica social. Mas não é aquele humor ácido, é um humor amargo mesmo.


A promessa foi realizada, mas no dia de seu aniversário - já tendo percebido as hipocrisias do mundo dos adultos, e vendo que sua mãe traía o marido com um primo, a ponto de o próprio Oskar já presumir que seu pai na verdade é o tal primo - ele decide que não quer mais crescer. Se joga da escada da adega e a partir deste momento deixa de crescer fisicamente. Apesar de amadurecer um pouco, veja bem, um pouco, ele nunca larga seu tambor e aprende a usar seus gritos agudos, capazes de quebrar vidros e cristais, para conseguir o que deseja.


O menino é infantil, egoísta e indiferente ao mundo, não é exatamente um personagem carismático, talvez até malévolo. Bem parecido com os sentimentos egoístas dos povos germânicos na época de Hitler. Para conseguir o que quer ele grita, assim como fazia o líder austríaco.
É notável porém que ele se mantém céptico à ideologia nazista, ainda que o pai se torne um oficial do partido, tanto que uma das mais marcantes cenas é justamente o da sabotagem do comício nazi.
Ele não quer se inserir no meio adulto, mas contra sua própria vontade isso ocorre. Seu egocentrismo diversas vezes provocou tragédias.

Como o ator mirim que interpreta Oskar por diversas vezes se envolve em cenas de sexo e nudez, a película também acabou causando polêmica e censuras mesmo no século XXI.
Mas num balanço geral, Die Blechtrommel é um ótimo filme que merece ser conhecido. Um expoente do cinema alemão e europeu da década de 70.
#ficaadica