Um filme de Lasse Hallström.
Chocolate amargo, poderíamos dizer.
É um belo conto, quase uma fábula, leve e despretensiosa; que aborda alguns probleminhas da sociedade em meio a seu enredo simpático. Exatamente como chocotale amargo: doce e amargo ao mesmo tempo. Os bombons que vêm na caixa são conhecidos: Juliette Binoche, Judi Dench e Jonny Depp
Vianne Rocher é uma exímia chocolateira, que leva uma vida um tanto nômade com a filha. Então elas chegam numa pequena e linda cidade do interior da França, de povo religioso e altamente tradicionalista. O preconceito contra o novo é liderado, principalmente, pelo conde Paul de Reynaud, que tenta sempre zelar pela tradição, a moral e os bons costumes. Assim que se instala na cidade, em plena quaresma, o conde passa a persegui-la e difamá-la. Toda a cidade não simpatiza com ela, principalmente ao descobrirem que ela não é católica e se recusa a frequentar a igreja local. Mas aos poucos ela adquire a confiança de algumas pessoas e ajuda-as a superar suas frustrações, mas não sem o padre e o conde oferecerem oposição. Fica ainda mais mal vista quando faz amizade com ciganos nômades navegantes e se apaixona por um deles.
Chocolate aborda, de modo leve e às vezes até divertido, problemas ligados à família, ao preconceito, à intolerância, ao tradicionalismo, a fofoca em pequenos centros urbanos, à infelicidade conjugal, os problemas familiares, o envelhecimento, ao orgulho de homem ferido, a violência contra a mulher e a religião. A maioria dos filmes que criticam a religião defendem a abolição das igrejas. Chocolate sugere que o problema reside na forma como as pessoas manipulam a religião para conseguir o que querem, ou como são manipuladas por essas apologias.
Gostei bastante. A trilha sonora é aceitável, da conhecida Rachel Portman.
#ficaadica
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