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quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Amor além da vida (What Dreams May Come) - 1998; horrendo

Amor além da vida (What Dreams May Come), lançado em 1998.
Um filme de Vincent Ward.
Não ando tendo sorte com Robin Williams. Os últimos filmes com ele que assisti não me agradaram muito, embora a culpa não seja dele (ou pelo menos não toda a culpa). No horrendo Amor além da vida ele vai viver uma história surreal e espiritualizada inspirada na medieval Divina Comédia de Dante. 

Um casal é abalado com a morte das crianças em um acidente. Anos depois o marido morre também. Quando ele chega ao paraíso ele reencontra seus filhos. Mas logo fica sabendo que sua esposa, desesperada com sua morte, se matou, e por isso foi mandada ao inferno. Ele então vai até lá para tentar salvar a alma de sua esposa.

Embora o filme tenha grandes acertos na parte visual, com cenários incríveis que por vezes lembram pinturas a óleo, aquarelas ou afrescos de artistas da Renascença, cheios de cores e texturas que parecem que podem ser sentidas caso você levante a mão e alise a tela, o filme desliza feio em todo o resto, a começar pelos títulos horríveis; tanto o original quanto o brasileiro.
Ward tenta fazer um filme espiritualizado que não se limite a uma só crença. Mas obviamente não consegue. Ele cria um paraíso comandado por um deus monoteísta e cria nada mais que um sermão religioso cristão e chato. Seu roteiro teológico se confunde com um drama banal e piegas, cheio de pequenas coisas que tentam desesperadamente arrancar lágrimas da platéia. O resultado é desconcertante e chato, profundamente chato. As lições filosóficas, de redenção e de carpe diem (expressão horrendamente eternizada na voz de Robin Williams) estão muito longe de darem certo. São banais e esquecíveis.

A atuação contida de Robin Williams, nem das piores nem das melhores, não faz muito pelo filme. Menos ainda faz Annabella Sciorra como a suicida fadada ao eterno sofrimento. Nem vou falar nada de Cuba Gooding Jr.. No fundo só mesmo a fotografia do português Eduardo Serra, que usou um filme especial para criar a saturação de cores, e a equipe dos outros efeitos especiais é que tiram o filme da lama.

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