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sábado, 17 de agosto de 2013

E.T. - O Extraterrestre (E.T. the Extra-Terrestrial) - 1982; nem lá nem cá

E.T. - O Extraterrestre (E.T. the Extra-Terrestrial), lançado em 1982.
Um filme de Steven Spielberg.
Gostaria de ter assistido este filme quando era criança. Não teria visto este clássico do cinema - aclamado com convicção e um verdadeiro sucesso de bilheteria - com tanto ceticismo. Lançado no início da década de 80, ele revolucionou o modo de fazer fantasia no cinema. É um filme infantil que só agrada aos adultos que cresceram com ele; marmanjos de primeira viagem, como eu, provavelmente o acharão enfadonho, apesar de possuir algumas belíssimas cenas - em especial a famosíssima e inesquecível cena da bicicleta no luar, que veio a se tornar o símbolo da DreamWorks, a produtora de Spielberg.

Uma nave espacial veio, não se sabe de onde, à Terra e acabou esquecendo um dos seus tripulantes aqui. Elliott, um garotinho suburbano, encontra a criatura espacial e cuida dele em segredo, acabando por criar grande afeição por ele enquanto tenta ajuda-lo a entrar em contato com seu povo, para virem buscá-lo.

E.T. tem tudo quanto é vício e clichê cinematográfico. Provavelmente na sua época não era assim, foi um filme original; mas seu sucesso acabou fazendo com que fosse imitado ao longo dos anos e tudo quanto é filme ruim que passa na Sessão da Tarde tem algum elemento que foi usado em E.T..
Só para começar cito a trilha sonora. Quase ininterrupta, o que torna o filme um tanto irritante, ela força bastante a barra, o tempo todo complementando as cenas que sozinhas não trazem grande emoção. Outra coisa terrível, ao menos na minha opinião, é o uso excessivo e irritante de gelo seco e luz branca, para trazer um miticismo à trama. O tempo todo você verá neblina, fumaça e vapor de gelo seco (é inconfundível) iluminados por alguma fonte de luz. Tipo um show da Madonna.

Como seria previsível, o E.T. é uma criatura feia e desengonçada mas muito carismática, e o protagonista um garotinho ingênuo e benévolo, com problemas familiares mas mesmo assim corajoso e esperto. Temos direito até a um trio de pirralhos colocando no rosto óculos escuros, com expressão de "sou foda", e indo salvar o final do filme, que só poderia ser feliz. O roteiro tem grandes deslizes e cria verdadeiras lacunas entre algumas cenas, além de deixar a dúvida sobre o quê, exatamente, aconteceu entre o alienígena e Elliott, que aparentemente se uniram intelectualmente. Os efeitos especiais, em sua maioria, não surpreendem, mas isso é perdoável, estamos nos anos 80.

Mas há acertos. Não só por algumas cenas brilhantes, mas também pelo elenco mirim bem escolhido, pelo carisma dos personagens, que conquistam o coração do público, pelo bom humor da trama, que é vista pelos olhos de Elliott ou do E.T., por alguns tiros de câmera ousados, pela mensagem de solidariedade e amor que passa.
Não é o melhor filme de Spielberg, mas tendo oportunidade não deixe de assistir, talvez seja eu que já esteja rabugento demais para um filme sobre sonhos de infância.

#ficaadica

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