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domingo, 14 de julho de 2013

Amor à Queima-Roupa (True Romance) - 1993; a elegante violência de Tarantino

Amor à Queima-Roupa (True Romance), lançado em 1993.
Um filme de Tony Scott.
Por mais paradoxal que isso soe, Tarantino é conhecido por abordar a violência de modo "elegante", estilizado. Sim, nas suas mãos sangue jorrando não parece banal ou absurdo, é como se existisse uma certa indiferença irônica, como se o espectador olhasse para aquilo com um ar de superioridade. 
True Romance não é um filme seu, ele apenas assinou o roteiro, cuja venda serviu para que ele iniciasse sua trajetória de sucesso com Cães de aluguel. Mas mesmo sem dirigir, seu toque de humor negro no roteiro foi capaz de deixar o filme com bastante de seu estilo. Quem filmou foi Tony Scott, diretor de Top Gun - Ases Indomáveis, que acabou estragando um pouco o roteiro de Tarantino, ao filmar uma produção mais voltada ao sucesso comercial.

Alabama (Patricia Arquette) é uma jovem e simpática prostituta (um tanto ingênua) contratada pelo chefe de Clarence (Christian Slater) para que ela passasse uma noite com ele. Mas depois de fazerem sexo os dois se apaixonam e no dia seguinte se casam. Clarence é fã de Elvis Presley, e tem uma visão imaginária do seu ídolo orientando-o a matar o cafetão que intermediava Alabama. Ele segue o conselho e depois de levar uma surra consegue matar o homem. Na fuga, às pressas, ele leva uma mala que acredita estar cheia das roupas da esposa, mas na verdade é uma maleta com um quantia enorme de drogas. Eles viajam para Los Angeles para vender a droga, mas a máfia italiana está os procurando.

True Romance é um filme tolo; deliciosamente estúpido. No primeiro ato temos vários clichés que aos poucos forma algo que mais se parece com uma daquelas comédias românticas batidas. Mas está aí um acerto. Os clichés são propositais, estão lá para aumentar a carga de humor negro. Pombinhos apaixonados perdidamente, como Romeu e Julieta, mas que transam à beira da rodovia, com toda a gente a vê-los, e que têm as mãos sujas de sangue e muito dinheiro em drogas no porta-malas. A ironia está também noutros aspectos (quase sempre), a fotografia é clara e alegre e a trilha sonora divertida mesmo nas cenas mais violentas e trágicas.

O filme é engraçado e sangrento, e um elenco competente, que inclui super famosos que na época estavam em início de carreira, contribui para elevá-lo a outro patamar (como Brad Pitt na pele de um drogado inútil). Não é um filme perfeito, mas bastante gratificante e divertido.

#ficaadica

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