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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Elizabeth (idem) - 1998; a rainha protestante "virgem"

Elizabeth (Elizabeth), lançado em 1998.
Um filme de Shekhar Kapur.
Este é o antecessor de Elizabeth: A era de ouro, ambos dirigidos pelo indiano Shekhar Kapur e estrelados por Cate Blanchett. Este aqui foi mais aclamado e bem mais recebido que seu sucessor, e não é por menos, se em 2007 quase tivemos um desfile de moda, em 98 tivemos um verdadeiro drama histórico com algum ar de thriller retratando as dificuldades, intrigas e oposições do início do reinado de Elizabeth I.

1558 e a meia irmã católica de Elizabeth, Maria I, morre e deixa o trono a ela, mas não antes de prendê-la sob acusação de conspiração e queimar uns tantos protestantes. Os aliados de Maria temem a ascensão de uma rainha protestante, mas a coroação acaba por acontecer. Ingênua e romântica, a rainha vai sofrendo rasteiras enquanto amadurece e se torna uma estrategista firme, sabendo, finalmente, escolher seus aliados. Além das conspirações internas e traições, ela ainda sofre ameaças e atentados de soberanos estrangeiros, e é aconselhada a se casar para estabilizar a política, mas ela se recusa e prefere manter uma relação conturbada e escandalosa com seu verdadeiro amor.

Repito o que disse cinco meses atrás: as imprecisões históricas foi alguém que me disse existirem e textos que li reafirmaram; eu mesmo não notei dada minha incompetência para analisar se o que diz um filme sobre um personagem histórico é real ou ficção; fruto de minha ignorância e falta de estudos acadêmicos na abrangente área das ciências históricas. Mas a maioria delas não são de tudo absurdas, enquanto boa parte se refere apenas a discrepâncias de idades, outras são baseadas em boatos históricos ou preenchem lacunas de verdades desconhecidas.

Mas falando do filme em si, é muito bom. Cate Blanchett está sublime no papel de soberana - merecido Globo de Ouro o dela - e está cercada de outros grandes atores: Geoffrey Rush encarna muito bem um fiel e maquiavélico assessor da rainha, que fala pouco e se mantém sempre com expressão de suspense e tristeza, já Joseph Fiennes é o espirituoso e ciumento amante da majestade, porém o ator não está lá essas coisas e seu personagem é mal moldado, tanto que é casado e ninguém entende com quem e como escondeu o segredo.
Mas o que rouba a cena é a produção e a fotografia. Cenários escuros e frios, com todo um ar de conspiração se juntam a uma fotografia igualmente sombria que dá-nos um verdadeiro thriller de conspiração. Os figurinos, cabelo e maquiagem são suntuosos, mas nada tão escancarado e mascarador como A era de ouro. Grande pena foi a complexa disputa católicos x protestantes ter sido abordada de modo um tanto superficial e escancaradamente parcial.
Não é um filme perfeito, mas não deixa de ser grande e ter vários acertos.

#ficaadica

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