Um filme de Peter Cattaneo.
É certo que é um filme mais de sorrisos que de gargalhadas, mas não deixa de ser divertido e ousado, principalmente para a época de seu lançamento. Mas não é só comédia.
O filme que concorreu à estatueta junto a Titanic, também aborda temas como desemprego, desestruturação familiar, direito paterno, disfunção erétil, obesidade, crise de baixa auto-estima, depressão, suicídio e homossexualidade. Vale elogiar a trilha sonora, uma série de sucessos musicais brilhantemente selecionadas, combinando com cada cena das quais participam.
A história se ambienta em Sheffield, cidade inglesa conhecida e enrriquecida pela siderurgia que já não é mais uma referência, e que pelo fechamento das fábricas passou a sofrer com altas taxas de desemprego.
É Gary, um ex-operário e ex-presidiário - cujo filho é desiludido com o pai que tem - que ao ver um clube de strippers masculinos fazendo sucesso, decide arrumar alguns amigos desempregados - todos "normais", sem físicos sarados ou grande talento para a dança - para formarem um grupo de strippers e tentarem ganhar dinheiro. O filho de Gary os ajuda, mesmo desacreditanto no pai no início. Cada personagem tem suas frustrações, como o desempregado que esconde sua desocupação da esposa; outro dançarino que tem disfunção erétil e sofre por ser gordo; Gary que quase não pode encontrar com o filho; o aspirante a stripper que tenta se suicidar e que por fim descobrimos ser gay; e a unanimidade: todos abalados por estarem sem emprego.
Mas tudo isso em meio a uma trilha divertida e dançante, e cenas cômicas e incrivelmente ridículas, cheias
de vergonha alheia.#ficaadica
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