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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

WALL·E (idem) - 2008; charmoso, divertido e audacioso

WALL·E (WALL·E), lançado em 2008.
Um filme de Andrew Stanton.
Esta animação é do mesmo estúdio e do mesmo diretor de Procurando Nemo, e ainda que eu prefira o peixe-palhaço, este aqui não deixa a desejar. Não é propriamente uma comédia, embora tenha várias cenas engraçadas, mas sim uma certa mistura de ficção científica com... drama! Isso mesmo, não é um filme triste ou emotivo, mas um adulto pode ter vontade de chorar de desgosto e vergonha alheia ao entender a mensagem que ele passa por meio de uma sátira e de previsões futuras.

Outro fator interessante a ser observado, é que é quase um filme mudo. Boa parte do filme são de cenas em que só aparecem robôs, que quase não falam, apenas se chamam, ocasionalmente, pelos nomes. Apenas os humanos, quando aparecem, falam de verdade. E os robôs também tem seu lado impressionante: nenhum deles é um android (robô que imita seres humanos). Até possuem olhos e braços, mas é só. Que tem isso afinal? Acontece que sem outras características humanas, fica difícil reproduzir emoções humanas numa máquina; mas os produtores conseguiram. Principalmente com movimentos dos olhos sabemos exatamente que estão pensando e sentindo.

WALL · E é um robô criado para limpar o lixo do planeta terra, que depois de muito consumismo dos seres humanos, o lixo e o desgaste era tanto que o planeta foi evacuado e os habitantes passaram a viver em naves espaciais. Ele vive no meio de pilhas de lixo que ele fica a comprimir durante o dia, e quando encontra algo belo ele guarda para si, em especial músicas e vídeos. Seu único amigo é uma barata. Certo dia chega à Terra uma sonda, enviada pelos humanos da nave, para procurar por vida vegetal. A sonda se chama Eva, e embora no começo se mantenha agressiva e cética, acaba se apaixonando por WALL-E, que dá uma planta a ela e então ela entra em modo de espera e aguarda a nava vir buscá-la. Na volta, WALL-E se agarra à nave e viaja com ela até a nave-mãe, onde eles passam por uma série de aventuras e perigos para tentarem fazer com que os humanos voltem e repovoem a Terra, isso em meio a uma série de outros robôs e humanos gordos, preguiçosos e alienados.

É ótimo, uma verdadeira crítica ao consumismo, a devastação, ao imperialismo financeiro e modo de vida atual.

#ficaadica

2 comentários:

  1. "Se tem muito lixo aqui no pedaço, tem bastante espaço lá no espaço."
    Essa é uma das primeiras falas de WALL-E, uma animação que parece ser somente para as crianças, mas que consegue uma façanha impressionante: puxar a orelha de gente grande, sem dizer, na maioria das vezes nada. Prova que, quando a mensagem é universal, não precisa de uma palavra.

    Mas não somente de uma mensagem politicamente correta se faz o filme. A animação nos brinda com uma paleta de cores de encher os olhos: o planeta inabitável em um tom empoeirado cinza e nude, que beira o realismo; contrasta com as cores estonteante e excessivamente brilhante do interior da nave, que mais lembra um shopping center...
    Além de uma fotografia que explora a velocidade, os planos e o zoom da câmera, principalmente, com aquela, que para mim é a cena mais poética do filme: os dois robôs vagando no espaço com um extintor de incêndio...

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    1. Um filme incrível sem dúvida. A fotografia, além de colorida, é muito bem renderizada, se preocupando com os mínimos detalhes.

      E a citada cena, realmente é icônica!

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