Um filme de Joe Wright.
Excepcional.
Toda a gente desacredita que um filme possa ser melhor que o livro no qual foi inspirado, mas esse aqui, baseado em "Reparação" do inglês Ian McEvan, mesmo muito fiel ao livro, é melhor que o romance. A meu ver o livro tinha uma narração fraca, e num tom que parecia para adolescente; mas o diretor usou a bela trama de um modo mais maduro, mais adulto. Perdeu a estatueta do Oscar para Onde os fracos não têm vez.
Briony é uma menina aspirante à escritora, filha de burgueses. Ela prepara uma peça teatral para apresentar ao irmão, que vem visitá-la e tenta a ajuda de seus primos gêmeos e da prima. Sua irmã Cecilia e o filho da empregada Robbie, por quem Briony tem uma paixão, começam a ter um caso. Mas na noite do jantar, sua prima é estuprada e ela acusa Robbie, que é preso; obrigando a separação de Cecilia e Robbie. Com o início da II Guerra Robbie é solto para batalhar, mas ainda há muitos empecilhos antes de poder ficar com Cecilia. E o arrependimento corrói Briony.
O nome, tanto o original quanto o brasileiro, já mencionam a palavra "reparação", e o filme gira entorno de um erro sem reparação, por mais que se tente consertar. A culpa e o remorso, os sentimentos em torno do que foi e do que poderia ter sido, a esperança, os horrores da guerra criam a bela história desse filme, cujo final surpreende e inesperado reforça a palavra 'reparação' e confirma a complexidade e criatividade do enredo. E não se pode deixar de elogiar a belíssima trilha sonora. É drama, é romance, é guerra. E o trabalho da linda Keira Knightley estava digna de aplausos. A fotografia é linda e há um plano-sequência mais ao final do filme que é belíssimo.
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