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sábado, 6 de abril de 2013

Poder além da vida (Peaceful Warrior) - 2006; chato e insignificante

Poder além da vida (Peaceful Warrior), lançado em 2006.
Um filme de Victor Salva.
Este filme me lembrou bastante os três livros do Paulo Coelho que eu perdi tempo lendo: enquanto eles eram pseudo-esotéricos, esta porcaria de Victor Salva é o que mais há de pseudo-filosófico-espiritual.
Um espirituoso professor foi o responsável por me fazer perder tempo com este filme, em suas aulas de filosofia, e desde então nunca mais aceitei ver algo que ele recomendou.
Dan Millman é um ginasta em idade universitária, ele é um típico jovem que procura os prazeres terrenos com algum egoísmo e auto-centrismo, como todo ser humano normal. Numa bela madrugada de insônia ele conhece Sócrates (viu que a coisa é mesmo feia? Que seria isso senão uma tentativa forçada de inserir filosofia onde não a há?), um homem misterioso e de poucas palavras que trabalha num posto de combustível e sobe em telhados de modo como ninguém faz fora de uma tela de cinema. Essa amizade conturbada deixa Dan confuso a refletir sobre a própria vida, até que se envolve num acidente de moto que arrebenta sua perna; e da barra de ginástica ele vai direto para a fisioterapia.
Peaceful Warrior já pelo título - tanto o brasileiro quanto o original que significa "Guerreiro da paz" - não é algo promissor, portanto não posso nem dizer que me decepcionei. O elenco está cru e desinteressante, nem Sócrates consegue conquistar a simpatia do público, talvez por ser tão rabugento e calado, e olhem que o trabalho de Nick Nolte é o melhor.
Mas o que afunda o filme completamente na lama é o enredo insuportável e pretensioso, que passa mensagem nenhuma mas insiste que passa. Quantos de vocês que já viram este filme subiu numa mesa meio agachado? Hein?
O diretor, que não consigo deixar de achar hipócrita, ao fazer um filme "santinho" desses depois de passar três anos na cadeia por pedofilia, não abre mão do overtext para tentar forçar a suposta filosofia do filme num amontoado de bobagens que compõe a narrativa, nem de efeitos especiais em slow motion para deixar o filme ainda mais absurdo. E o roteiro de Kevin Bernhardt, baseado na suposta vida do autor do livro auto-biográfico "Peaceful Warrior", Dan Millman, com seus diálogos enfadonhos entre outras falhas me fez ter a certeza de que não quero jamais ler o livro.
E o final então... feliz e misericordioso.

Eu digo que você não deveria ver este filme, e se já viu mantenha o segredo e nem perca tempo comentando com os amigos, a menos que você o veja prestes a jogar dinheiro fora locando-o.

2 comentários:

  1. Nossa, acho que você seria desses que precisa jogar fora o lixo que o atrapalha a ver coisas belas em todos os lugares... Recomendo que faça terapia :) Andréa Franco.

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    1. Acredite, consigo ver muitas e muitas coisas boas ao meu redor, só não acho que este filme seja uma delas. E acredito que a terapia pode esperar, não sinto que esteja de fato precisando dela. Abraço.

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